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PGR faz novo pedido de cautelares contra irmão e mãe de Geddel

Dodge afirma que a decisão não levou em conta que investigações preliminares sobre a origem de R$ 51 milhões encontrados em bunker

Geddel: Fachin rejeitou pedido da PGR para determinar recolhimento domiciliar noturno do deputado Lúcio Vieira (Valter Campanato/EBC/FotosPúblicas/Reprodução)
AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de março de 2018 às 21h22.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge , pediu hoje (2) ao ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a reconsideração da decisão que rejeitou a aplicação de medidas cautelares contra o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Marluce Vieira Lima, respectivamente irmão e mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Na petição, a procuradora afirmou que a decisão de Fachin, proferida na quarta-feira (28), não levou em conta que investigações preliminares sobre a origem de R$ 51 milhões encontrados no apartamento de um amigo de Geddel, em Salvador, no ano passado, indicam que dinheiro pode ter sido recebido pela família como propina paga pela empreiteira Odebrecht em troca da atuação do ex-ministro na Caixa Econômica Federal, além da apropriação indevida de salários de funcionários de Lúcio na Câmara dos Deputados, da venda simulada de gado e do aluguel fictício de máquinas agrícolas.

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"São indícios de fatos que potencialmente se relacionam, que são contemporâneos e, em sinergia, compuseram a face mais visível e eloquente do enriquecimento criminoso da família Vieira Lima: as malas e caixas com milhões de reais e dólares ocultados ", afirmou Dodge.

Na quarta-feira (28), o ministro rejeitou pedido da PGR para determinar recolhimento domiciliar noturno do deputado Lúcio Vieira e a prisão domiciliar de Marluce Viera Lima.

A reportagem entrou em contato com a defesa da família Vieira Lima, mas não obteve retorno.

Geddel está preso desde o dia 8 de setembro do ano passado em função de outra investigação, a que trata da origem de R$ 51 milhões encontrados no apartamento de um amigo do político, em Salvador.

Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa no período entre 2011 e 2013, enquanto Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição.

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