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PF pede mais 90 dias para investigar atentado a faca sofrido por Bolsonaro

Órgão afirma que prorrogação do segundo inquérito é para a conclusão de "diligências em curso"

Jair Bolsonaro: Presidente sofreu ataque durante campanha eleitoral em MG (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: Presidente sofreu ataque durante campanha eleitoral em MG (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 18h58.

Belo Horizonte - A Polícia Federal pediu à Justiça prorrogação de 90 dias no segundo inquérito aberto para apurar o atentado a faca sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, durante ato de campanha na eleição de 2018. Segundo informações da corporação, não há um prazo determinado para a conclusão do inquérito, aberto em 25 de setembro.

Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen por Adélio Bispo de Oliveira em 6 de setembro, quando participava de ato de campanha na região central de Juiz de Fora. O então candidato foi levado para um hospital local, passou por cirurgia e depois foi transferido para São Paulo. O autor do atentado foi preso e confessou o crime.

O objetivo do pedido de prorrogação do prazo, segundo a PF, é para conclusão de "diligências em curso" e para que "tenham sequências as investigações". O primeiro inquérito foi encerrado e, ao menos inicialmente, foi concluído que o autor do atentado agiu sozinho.

O segundo inquérito, conforme fontes da PF à época de sua abertura, foi instaurado porque o prazo para a investigação a partir de prisão em flagrante é curto, mesmo com a possibilidade de prorrogação. "A opção em abrir um segundo inquérito foi para que se tenha a possibilidade de trabalhar com mais calma, já que se trata de um candidato à Presidência da República líder das pesquisas de intenção de voto", disse uma das fontes, à época.

Desde a abertura do primeiro inquérito, ocorrida no dia do atentado, a Polícia Federal ouviu mais de 30 pessoas e quebrou os sigilos financeiro, telefônico e telemático de Adélio Bispo que, no dia 8 de setembro, foi transferido para presídio federal em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

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