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ÀS SETE - Um dos cotados como plano B do PT para a presidência, Jaques Wagner, foi alvo de operação da PF em Salvador

Wagner: a operação alega que Wagner recebeu “boa parte” dos 82 milhões de reais desviados do superfaturamento das obras do estádio Arena Fonte Nova (Adriano Machado/Reuters)

Wagner: a operação alega que Wagner recebeu “boa parte” dos 82 milhões de reais desviados do superfaturamento das obras do estádio Arena Fonte Nova (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 06h45.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2018 às 07h19.

PF mira Jaques Wagner

Um dos cotados como plano B do PT para disputar a presidência, o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, foi o principal alvo da Operação Cartão Vermelho, deflagrada nesta segunda-feira pela Polícia Federal em Salvador. Segundo a delegada Luciana Matutino Caires, responsável pela operação, Wagner recebeu “boa parte” dos 82 milhões de reais desviados do superfaturamento das obras do estádio Arena Fonte Nova, que recebeu jogos da Copa do Mundo na capital baiana. O petista, que governou o estado entre 2007 e 2014, foi alvo de mandado de busca e apreensão. A investigação mira irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio para favorecer as empreiteiras OAS e Odebrecht, que formaram o consórcio vencedor. A obra, segundo laudo pericial, foi superfaturada em valores que podem chegar a 450 milhões de reais em valores corrigidos, desviados principalmente para o pagamento de propina e para o financiamento de campanhas eleitorais.

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Dodge pede rescisão de delação de Wesley

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a rescisão dos acordos de delação premiada de Wesley Batista, sócio da J&F, e do diretor jurídico do grupo, Francisco de Assis e Silva. A justificativa é a mesma dada pelo antecessor de Dodge, Rodrigo Janot, para cancelar a delação de Joesley Batista e Ricardo Saud: a omissão da participação do ex-procurador Marcello Miller na elaboração dos acordos de leniência da empresa e de colaboração dos réus. “Os elementos, vistos em conjunto, deixam claro que Marcello Miller, ao mesmo tempo que era membro do MPF, prestou relevante auxílio ao grupo J&F para auxiliá-lo a celebrar acordo de leniência, que firmou com o MPF; e aos colaboradores Joesley Batista, Ricardo Saud, Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva para auxiliá-los a celebrar o acordo de colaboração premiada que viria a ser firmado com a PGR”, escreveu Dodge. Recentemente, a PF descobriu novos diálogos entre Miller e membros do escritório Trench Rossi Watanabe que indicam ainda mais fortemente seu envolvimento ilícito nas delações. O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, ainda decide se os quatro terão, de fato, os benefícios cancelados.

Ministro da Segurança Pública

Depois de muita especulação (e falta de nomes que aceitassem o cargo), o presidente Michel Temer (MDB) confirmou que deslocará o ministro da Defesa, Raul Jungmann, para o novo Ministério da Segurança Pública. Jungmann foi escolhido por ser bem recebido pelos governadores do país, o que facilitará a aprovação da medida provisória no Congresso Nacional que regulamenta a nova pasta. Na Defesa, será empossado temporariamente o secretário-geral Joaquim Silva e Luna, general do Exército. O governo pretende substituí-lo por alguém que não seja ligado diretamente a um dos pilares das Forças Armadas.

Os milhões de Cabral

O Ministério Público do Estado do Rio abriu ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) pelo esquema de corrupção montado na Saúde. Também entram na denúncia os ex-secretários de Saúde do estado Sérgio Côrtes, Marcos Esner Musafir e Felipe Peixoto, 12 servidores do estado, uma empresa, um consórcio e quatro executivos. Segundo o MP, os desvios na compra de medicamentos e material médico-hospitalar resultaram em prejuízo de 173 milhões de reais aos cofres públicos. Cabral está preso desde novembro de 2016 e foi condenado até agora a 87 anos de prisão. Ele é réu em 20 processos na Justiça Federal.

Abilio convoca reunião na BRF

O presidente do conselho de administração da companhia de alimentos BRF, Abilio Diniz, convocou para a próxima segunda-feira uma reunião do conselho de administração, atendendo à solicitação dos acionistas Petros e Previ. Em comunicado, Diniz disse que entende a posição dos fundos e a necessidade de informar seus cotistas, e compartilha “da insatisfação de todos os acionistas com os resultados da empresa”. No entanto, o empresário afirmou discordar das ações dos fundos, que pediram a convocação, da forma e do momento em que estão se manifestando. Na véspera, a Petros informou que, em conjunto com outros acionistas da BRF, pediu que o conselho convoque uma assembleia-geral extraordinária para deliberar sobre a destituição de todos os seus membros.

CCR despenca na bolsa

As ações da administradora de rodovias CCR caíram 10% nesta segunda-feira após a empresa ter sido citada pelo empresário Adir Assad, delator da Operação Lava-Jato. Com a queda, a cotação da empresa atingiu o menor valor desde março de 2016. Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo na última sexta-feira, Assad envolveu a concessionária e o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza em um esquema de corrupção. A CCR informou em teleconferência que iniciou um processo de investigação imediatamente após as primeiras notícias sobre a citação da companhia.

Bolsa: mais um dia de recorde

O Ibovespa teve seu décimo pregão de alta nesta segunda-feira, em mais um dia de recorde. O índice subiu 0,41% e fechou o dia com 87.652 pontos. Entre as ações mais negociadas estão os papéis ordinários da mineradora Vale, os quais subiram 2,8%; e os preferenciais da Petrobras, com alta de 2,2%. Ainda entre os destaques positivos estão os papéis da varejista Magazine Luiza, os quais tiveram o maior ganho do pregão. As ações subiram 8,4%, seguindo a alta de semana passada após a divulgação de recordes no balanço. O dólar caiu 0,31% e fechou o dia em 3,23 reais.

Weinstein Company vai declarar falência

A empresa do produtor cinematográfico Harvey Weinstein anunciou que vai decretar falência. Na noite de domingo, o conselho de administração da Weinstein Company declarou que planejava decretar falência depois de não conseguir negociar a venda de empresa. Desde que o produtor e ex-presidente do conselho foi acusado por mais de 70 mulheres de assédio sexual e estupro, o estúdio de TV enfrenta processos coletivos, além da quebra de contratos, como um boicote ao produtor. Empresas como a Amazon e a fabricante de chocolates Lindt processaram a produtora sob a alegação de quebra de contrato ou não cumprimento de acordos. No ano passado, Harvey Weinstein foi demitido de sua própria empresa e expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Mesmo com diversas denúncias, ele nega todas as acusações de abuso sexual.

Daca: fim de programa rejeitado

A Suprema Corte dos Estados Unidos ordenou, nesta segunda-feira, que o governo americano mantenha o programa de proteção aos jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país quando crianças, os dreamers. A Corte rejeitou a apelação de revisar a decisão de um juiz federal, no início do ano, que ordenava a continuidade do programa Daca (Deferred Action for Childhood Arrivals), de apoio aos jovens imigrantes. Desde o ano passado o presidente americano, Donald Trump, tem tentado encerrar o programa, criado em 2012 pelo governo do ex-presidente Barack Obama com o objetivo de ajudar na permanência de mais de 690.000 jovens imigrantes. O programa tem sido usado como moeda de barganha entre o governo de Trump e o Partido Democrata, que defende sua continuidade.

“Pausa humanitária” na Síria

O presidente russo Vladmir Putin ordenou uma “pausa humanitária” na cidade síria de Ghouta. De acordo com o líder russo, a pausa de 5 horas vai ocorrer nesta terça-feira, e um corredor humanitário será criado para que civis deixem a cidade. Tropas russas e do governo sírio têm realizado, desde a semana passada, uma série de ataques aéreos na cidade, que é considerada um dos últimos redutos de forças rebeldes. Os ataques, porém, já deixaram mais de 540 pessoas mortas, sendo mais de 120 crianças. No sábado, o Conselho de Segurança da ONU decretou um cessar-fogo de 30 dias na cidade, que não foi cumprido nem Rússia nem pela Síria.

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