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PF investiga submarino e mira engenheiro da Marinha por propina de R$ 6 mi

Segundo o MPF,  a empresa Bilfinger Maschinembau GMBA & CO, que tem 15 contratos com a Marinha, teria repassado a propina

Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (Google Street View/Reprodução)

Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (Google Street View/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 15h26.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 15h30.

A Polícia Federal (PF) cumpriu hoje (7) três mandados de busca e apreensão, na Operação Submarino, que investiga corrupção na compra de equipamentos pelo Centro Tecnológico da Marinha. Os endereços que foram alvo da ação são ligados a dois engenheiros, um deles trabalha no centro tecnológico, localizado em São Paulo, que desenvolve os propulsores para o projeto do submarino nuclear brasileiro.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal, o funcionário pediu R$ 6 milhões em propina à empresa austríaca  Bilfinger Maschinembau GMBA & CO (MAB)’, entre 2008 e 2015. A companhia atende ao centro tecnológico e ao Comando Naval Brasileiro Europa (BNCE) fornecendo materiais para pesquisa e serviços em tecnologia nuclear. De acordo com a promotoria, a empresa tem ao todo 15 contratos com a Marinha do Brasil.

O engenheiro do centro tecnológico recebeu, segundo o MPF, R$ 3,6 milhões, depositados em uma conta bancária na Suíça, para intermediar a contratação da empresa austríaca. Uma empresa de propriedade de outro engenheiro, acusado de ser comparsa do esquema, também recebeu valores que, de acordo com as investigações, eram parte da propina. Esses recursos foram disfarçados por um contrato de consultoria.

A Justiça Federal bloqueou os bens de contas e das empresas dos engenheiros suspeitos de participar das ilegalidades. Segundo o MPF, o montante sequestrado deve chegar a cerca de R$ 13 milhões.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a Marinha do Brasil e aguarda resposta.

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