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PF desarticula quadrilha de grande fraudador da história do INSS

A Polícia Federal tem registros da "conduta criminosa" do estelionatário desde a década de 1980.

PF: grupo de fraudadores agia nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. (Nacho Doce/Reuters)

PF: grupo de fraudadores agia nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2019 às 13h39.

São Paulo — A Polícia Federal e a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia deflagraram nesta quarta, 9, a Operação Caduceu, para desarticular um grupo que fraudou pelo menos 140 benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) causando prejuízo estimado superior a R$ 7 milhões.

Segundo a PF, o grupo era liderado por "um dos maiores fraudadores da história do INSS", na área de benefícios. Ele já responde a diversos processos penais e dezenas de inquéritos policiais por fraudes à autarquia, destacou a PF.

A corporação tem registros da "conduta criminosa" do estelionatário desde a década de 1980.

O grupo agia nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

Agentes federais cumprem três mandados de prisão preventiva e realizam buscas e apreensão em 12 endereços de Salvador e Camaçari (BA) e em Aracaju (SE).

A investigação aponta que o grupo praticava as fraudes de duas maneiras: criando vínculos empregatícios fictícios, inseridos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) por meio de Guia de Recolhimento do FGTS indevidas; e usando documentos médicos falsos para simular doenças e assim obter benefícios, em especial o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.

Segundo a PF, para que tais fraudes fossem praticadas, faziam parte da organização criminosa um técnico em contabilidade, um servidor do INSS e uma pessoa responsável por falsificar laudos e relatórios médicos.

O nome da operação faz referência ao contador da operação criminosa, diz a PF. O símbolo da contabilidade é o Caduceu.

A Polícia Federal indicou que os investigados podem responder pelos crimes de participação em organização criminosa, estelionato previdenciário, uso de documento falso, falsidade ideológica e falsificação de documento público. Somadas, as penas ultrapassam 30 anos de prisão, informou a PF.

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