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PF desarticula esquema de fraude em licitações em MG

O grupo, composto por empresários e servidores públicos, é acusado de desviar verbas do Estado e da União destinadas a diversas obras públicas

O Departamento de Segurança Interior prendeu 517 mil estrangeiros no ano fiscal 2010, sendo 83% deles mexicanos (John Moore/Getty Images/AFP)

O Departamento de Segurança Interior prendeu 517 mil estrangeiros no ano fiscal 2010, sendo 83% deles mexicanos (John Moore/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 22h23.

Belo Horizonte - Uma operação realizada nesta quinta pela Polícia Federal (PF) desarticulou um esquema de fraudes em licitações em 36 municípios do norte de Minas Gerais. O grupo, composto por empresários e servidores públicos, é acusado de desviar verbas do Estado e da União destinadas a diversas obras públicas.

Ao todo, os agentes envolvidos na operação Máscara da Sanidade executaram 120 mandados judiciais, sendo 55 de busca e apreensão contra 16 pessoas físicas e 39 pessoas jurídicas (incluindo as sedes das 36 prefeituras), 49 de sequestro de bens e 16 de prisão temporária - todos cumpridos. Cerca de 200 agentes foram mobilizados na ação.

Segundo a PF, entre os presos estão o empresário Evandro Leite Garcia, de 64 anos, proprietário de três empreiteiras com sede em Montes Claros, e a mulher dele, Maria das Graças Garcia. O empresário, preso na casa onde mora que ocupa um quarteirão no município, é acusado de comandar o esquema, por meio do qual o grupo direcionava licitações com a participação de funcionários das prefeituras investigadas para que os certames fossem vencidos pelas empresas "integrantes da organização criminosa".

A polícia apurou que as fraudes foram realizadas em mais de 100 contratos fechados pelas empresas de Garcia com os municípios e o esquema foi comprovado por meio de escutas telefônicas, vídeos e fotos.

Entre os detidos estão também vereadores, secretários municipais e funcionários das prefeituras. Prefeitos ainda são investigados por suspeita de participação nos desvios, cujo valor total não foi revelado. Os acusados vão responder por crimes cujas penas, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão.

Ao todo, 16 pessoas foram presas.

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