PF deflagra operação contra extração ilegal de madeira na Amazônia
Segundo a PF, uma nova tecnologia de utilização de imagens de satélite permitiu monitorar focos de desmatamento com frequência praticamente diária
Reuters
Publicado em 25 de abril de 2019 às 10h05.
Última atualização em 25 de abril de 2019 às 10h05.
Rio de Janeiro - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (25), operação para cumprir 29 mandados de prisão com o objetivo de desarticular um esquema de corrupção responsável por extração e comércio ilegais de madeira na Amazônia , informou a PF.
Com apoio do Ministério Público Federal, a chamada operação Arquimedes investiga negociações ilícitas entre funcionários de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.
Segundo a PF, uma nova tecnologia de utilização de imagens de satélite permitiu monitorar focos de desmatamento com frequência praticamente diária, o que "resultou numa melhor fiscalização e no aumento das ações in loco".
Além das ordens de prisão --23 preventivas e 6 temporárias--, foram expedidos 109 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos nos Estados do Acre, Amazonas, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Roraima, Rondônia e São Paulo, além do Distrito Federal, assim como a autorização de bloqueio de 50 milhões de reais das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.
Em curso desde 2017, a operação já reteve mais de 400 contêineres destinados a grandes comerciantes madeireiros no Brasil, na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos, a partir de dois portos da cidade de Manaus, que são responsáveis pelo escoamento quase total da produção de madeira extraída da Amazônia Legal, segundo a PF.
Os investigados vão responder, de acordo com suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica, falsidade documental, extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa