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PF deflagra operação contra desvio de R$ 380 milhões na Caixa

De acordo com a investigação, o grupo seria formado por empregados da Caixa, empresários da área de TI e uma empresa de consultoria

Caixa: as companhias repassavam os valores indevidos para uma empresa de consultoria por meio de contratos de prestação de consultorias (Agência Senado/Agência Senado)

Caixa: as companhias repassavam os valores indevidos para uma empresa de consultoria por meio de contratos de prestação de consultorias (Agência Senado/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 09h23.

São Paulo - A Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal cumpre na manhã desta terça-feira, 14, dez mandados de busca e apreensão no âmbito da operação batizada de Back Bone.

Cerca de 50 policiais estão envolvidos na ação que tem como alvo supostos desvios em contratos da área de Tecnologia da Informação (TI) da Caixa Econômica Federal.

O nome da operação faz referência um termo comumente utilizada no setor de informática que significa sistema central ou espinha central. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que os desvios alvos da investigação alcançam a casa dos R$ 380 milhões.

De acordo com a investigação, o grupo criminoso seria formado por empregados da Caixa, empresários da área de TI e uma empresa de consultoria pertencente a um ex-empregado da CEF.

"As investigações apontam que empregados da CEF, juntamente com o sócio administrador da empresa de consultoria, receberam vantagens indevidas repassadas por empresas de TI, com a finalidade de cometer irregularidades na formalização e fiscalização dos contratos dessas empresas com a CEF", diz nota da PF sobre a Back Bone.

De acordo com a PF, as companhias de TI repassavam os valores indevidos para uma empresa de consultoria por meio de contratos de prestação de consultorias, em princípio, inexistentes. Parte dos valores recebidos, diz a PF, eram distribuídos pela empresa de consultoria para os demais membros da organização criminosa.

A PF descobriu ainda que como forma de lavar o dinheiro proveniente do esquema e mascarar a evolução patrimonial, os empregados da CEF e o sócio administrador da empresa de consultoria celebravam contratos de compra e venda de imóveis. Os envolvidos são investigados pela prática dos crimes de corrupção Ativa e Passiva e por participação de organização criminosa.

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