Brasil

Petrobras ressalta importância do gás boliviano para o Brasil

Segundo gerente executivo da Petrobras Internacional, demanda de gás no Brasil passará dos atuais 46 milhões de metros cúbicos por dia para 130 milhões até 2014

O contrato entre Bolívia e Brasil estabelece um envio mínimo de 24 milhões de metros cúbicos diários de gás e um máximo de 31 milhões (.)

O contrato entre Bolívia e Brasil estabelece um envio mínimo de 24 milhões de metros cúbicos diários de gás e um máximo de 31 milhões (.)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2010 às 12h37.

La Paz - A Petrobras entende que o gás natural boliviano "sempre será importante" para o Brasil, onde se calcula que a demanda do hidrocarboneto triplique nos próximos quatro anos, divulga hoje o diário "La Razón".

Segundo o jornal, o gerente executivo da Petrobras Internacional para a América Latina, José Carlos Vilar Amigo, explicou que se prevê que a demanda de gás no Brasil passará dos atuais 46 milhões de metros cúbicos por dia para 130 milhões até 2014.

Ele assinalou que esses números indicam que o Brasil continue comprando gás da Bolívia após 2019, quando expira o contrato para o fornecimento do gás assinado entre os dois países.

"A demanda continuará crescendo, então o gás da Bolívia sempre será importante para nós", assegurou Vilar.

O executivo sustentou que o gás natural enviado pela Bolívia ao Brasil é necessário porque, embora as reservas brasileiras de gás tenham aumentado com as recentes descobertas, ainda não há produção nos novos campos.

A mais recente descoberta de gás no Brasil foi anunciada em 12 de agosto pela petrolífera OGX, controlada pelo bilionário Eike Batista, no Maranhão.

O contrato entre Bolívia e Brasil estabelece um envio mínimo de 24 milhões de metros cúbicos diários de gás e um máximo de 31 milhões.

Em 2009, houve preocupação na Bolívia pelas oscilações que registrou a demanda brasileira de gás, que chegou inclusive a cair para 21 milhões de metros cúbicos diários, causando uma queda na produção interna do produto.

O Brasil atribuiu essa queda à crise econômica mundial, que provocou uma queda da atividade industrial e porque o regime de chuvas tinha permitido satisfazer a demanda energética interna com as usinas hidrelétricas.

No entanto, o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva assegurou várias vezes que o Brasil cumprirá o estabelecido no contrato para o fornecimento de gás boliviano.

Atualmente, o Governo de Evo Morales estuda atualmente a possibilidade de conceder novas áreas de prospecção de hidrocarbonetos à Petrobras.

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