Petrobras foi espionada por agência dos EUA, diz TV
A denúncia, feita em reportagem veiculada no Fantástico da TV Globo, tem por base documentos vazados pelo ex-analista da NSA, Edward Snowden
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 06h29.
São Paulo - A Petrobras, uma das maiores empresas do Brasil, foi espionada pela Agência de Segurança Nacional ( NSA , na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A denúncia, feita em reportagem veiculada no "Fantástico" da TV Globo, na noite de hoje, tem por base documentos vazados pelo ex-analista da NSA, Edward Snowden, atualmente exilado na Rússia.
De acordo com a reportagem, apresentação da própria NSA, usada em treinamento de novos agentes, mostra que a agência espiona redes privadas de computador, como a da Petrobras. O nome da companhia brasileira surge logo no início da apresentação. Além da companhia, aparecem listados como alvos o Google, a diplomacia francesa e a rede Swift, que regula transações financeiras internacionais.
Conforme a reportagem, pelo documento não é possível determinar há quanto tempo a Petrobras vem sendo espionada e nem mesmo que tipo de informações foram acessadas pela NSA. O "Fantástico" lembra, porém, que a companhia possui informações sensíveis, que valem bilhões de reais, como as que se referem ao pré-sal.
A reportagem diz ainda que, no próximo mês, o governo brasileiro vai promover o leilão de exploração do Campo de Libra, na Bacia de Santos, que faz parte do pré-sal. Segundo a TV Globo, dependendo das informações da Petrobras acessadas pela NSA, participantes da disputa podem ter vantagens na disputa.
O documento da NSA é classificado como "ultrassecreto" e, de acordo com a reportagem, liberado apenas para cinco países aliados - além dos EUA, a Inglaterra, a Austrália, o Canadá e a Nova Zelândia.
Oficialmente, a NSA não espiona empresas estrangeiras com o objetivo de favorecer companhias norte-americanas. A apresentação usada para treinamento de novos agentes da agência, no entanto, coloca em xeque esta versão.
Em nota à Rede Globo, a NSA negou o roubo de informações de companhias estrangeiras. A Petrobras não comentou.
Dilma
A denúncia de espionagem à Petrobrás surge uma semana após o Fantástico veicular reportagem mostrando que a presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores foram monitorados pela NSA. Conforme a reportagem, documentos secretos revelam que Dilma teve conversas telefônicas, e-mails e sua rede de comunicação interceptados pela NSA.
A revelação gerou uma crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. Durante a última semana, o Brasil pediu explicações a representantes norte-americanos e a presidente Dilma Rousseff cancelou o envio de uma equipe aos EUA, que prepararia sua visita de outubro ao país. O cancelamento da visita da equipe, no entanto, não significa que a presidente desistiu de viajar aos EUA.
Além disso, durante reunião do G-20 em São Petersburgo, na Rússia, Dilma afirmou na sexta-feira que o Brasil quer saber "tudo o que há" sobre o País nos serviços de espionagem dos EUA. O presidente norte-americano, Barack Obama, após ter conversado com Dilma, afirmou que buscaria informações sobre as acusações contra a NSA. Obama afirmou ainda que levava à sério as alegações de espionagem contra o Brasil e o México - outro país envolvido nos monitoramentos.
São Paulo - A Petrobras, uma das maiores empresas do Brasil, foi espionada pela Agência de Segurança Nacional ( NSA , na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A denúncia, feita em reportagem veiculada no "Fantástico" da TV Globo, na noite de hoje, tem por base documentos vazados pelo ex-analista da NSA, Edward Snowden, atualmente exilado na Rússia.
De acordo com a reportagem, apresentação da própria NSA, usada em treinamento de novos agentes, mostra que a agência espiona redes privadas de computador, como a da Petrobras. O nome da companhia brasileira surge logo no início da apresentação. Além da companhia, aparecem listados como alvos o Google, a diplomacia francesa e a rede Swift, que regula transações financeiras internacionais.
Conforme a reportagem, pelo documento não é possível determinar há quanto tempo a Petrobras vem sendo espionada e nem mesmo que tipo de informações foram acessadas pela NSA. O "Fantástico" lembra, porém, que a companhia possui informações sensíveis, que valem bilhões de reais, como as que se referem ao pré-sal.
A reportagem diz ainda que, no próximo mês, o governo brasileiro vai promover o leilão de exploração do Campo de Libra, na Bacia de Santos, que faz parte do pré-sal. Segundo a TV Globo, dependendo das informações da Petrobras acessadas pela NSA, participantes da disputa podem ter vantagens na disputa.
O documento da NSA é classificado como "ultrassecreto" e, de acordo com a reportagem, liberado apenas para cinco países aliados - além dos EUA, a Inglaterra, a Austrália, o Canadá e a Nova Zelândia.
Oficialmente, a NSA não espiona empresas estrangeiras com o objetivo de favorecer companhias norte-americanas. A apresentação usada para treinamento de novos agentes da agência, no entanto, coloca em xeque esta versão.
Em nota à Rede Globo, a NSA negou o roubo de informações de companhias estrangeiras. A Petrobras não comentou.
Dilma
A denúncia de espionagem à Petrobrás surge uma semana após o Fantástico veicular reportagem mostrando que a presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores foram monitorados pela NSA. Conforme a reportagem, documentos secretos revelam que Dilma teve conversas telefônicas, e-mails e sua rede de comunicação interceptados pela NSA.
A revelação gerou uma crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. Durante a última semana, o Brasil pediu explicações a representantes norte-americanos e a presidente Dilma Rousseff cancelou o envio de uma equipe aos EUA, que prepararia sua visita de outubro ao país. O cancelamento da visita da equipe, no entanto, não significa que a presidente desistiu de viajar aos EUA.
Além disso, durante reunião do G-20 em São Petersburgo, na Rússia, Dilma afirmou na sexta-feira que o Brasil quer saber "tudo o que há" sobre o País nos serviços de espionagem dos EUA. O presidente norte-americano, Barack Obama, após ter conversado com Dilma, afirmou que buscaria informações sobre as acusações contra a NSA. Obama afirmou ainda que levava à sério as alegações de espionagem contra o Brasil e o México - outro país envolvido nos monitoramentos.