Pesquisadores brasileiros desenvolvem testes com vacinas contra a dengue
As vacinas atuariam contra os quatro tipos de dengue no Brasil
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2011 às 20h10.
Brasília – Três pesquisas acenam com a possibilidade de criação de vacinas contra os quatro tipos de dengue no Brasil, que poderão ser usadas no programa de imunização do Ministério da Saúde. O desenvolvimento das vacinas segue critérios internacionais de homologação de produtos farmacêuticos para uso humano, com três fases de testes de segurança e eficácia comprovada em amostras consecutivas.
A pesquisa mais adiantada é a do laboratório francês Sanofi Pasteur, que está na segunda fase de estudos clínicos. Os testes ocorrem no Brasil, Peru, na Colômbia, em Honduras, no México, em Porto Rico, Cingapura, nas Filipinas, na Tailândia e no Vietnã. Em todo mundo, mais de 4 mil pessoas receberam uma ou mais doses da vacina.
No Brasil, o estudo clínico é feito desde agosto do ano passado pelo Núcleo de Doenças Infectocontagiosas da Universidade Federal do Espírito Santo, com um grupo de 150 crianças e adolescentes de 9 a 16 anos. A vacina em teste é ministrada em três doses e o estudo tem a duração de 18 meses. A perspectiva da comunidade científica é que a vacina esteja disponível daqui a cinco anos, após registro na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro; e o Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, também fazem pesquisas para criação de uma vacina contra a dengue. Se conseguirem desenvolver as vacinas, as patentes serão nacionais.
De acordo com o diretor médico de ensaios clínicos do Instituto Butantan, Alexander Roberto Precioso, a primeira fase de estudos clínicos terá início no segundo semestre, com pessoas adultas que não sofram de diabetes, nem de hipertensão e que não tenham problemas nos pulmões ou no coração, bem como nunca tenham tido dengue, nem febre amarela.
“O objetivo principal é demonstrar a segurança da vacina”, afirma Precioso. De acordo com ele, a vacina foi testada em macacos, nos Estados Unidos. A patente da vacina testada foi cedida com exclusividade para o Butantan pelos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health – NIH).
Já em Bio-Manguinhos, duas vacinas estão sendo desenvolvidas. A primeira experiência, exclusiva, é uma vacina recombinante feita a partir do vírus da febre amarela e do vírus da dengue. A outra tentativa, mais adiantada, é feita em parceria com o laboratório belga GlaxoSmithKline. Essa vacina está em estágio pré-clínico, de testes em animais.
Segundo a bióloga Helena Caride, que gerencia os projetos de desenvolvimento tecnológico das vacinas em Bio-Manguinhos, a intenção é fazer uma vacina que só exija duas aplicações em intervalo mais curto do que o da vacina em teste pela Sanofi Pasteur.
Helena lembra que o desenvolvimento de vacinas contra a dengue no Brasil não permite descuidar do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus. “Ainda temos um caminho bastante longo para ter essa vacina no mercado e não sabemos como essa vacina vai se comportar. É muito importante continuar batalhando no combate ao mosquito vetor”, ressalta Helena, ao lembrar que “só a ciência de ponta não consegue fazer sozinha. O saneamento básico é fundamental. Questões de cultura e educação no Brasil também são fundamentais para melhorar a saúde pública.”
Brasília – Três pesquisas acenam com a possibilidade de criação de vacinas contra os quatro tipos de dengue no Brasil, que poderão ser usadas no programa de imunização do Ministério da Saúde. O desenvolvimento das vacinas segue critérios internacionais de homologação de produtos farmacêuticos para uso humano, com três fases de testes de segurança e eficácia comprovada em amostras consecutivas.
A pesquisa mais adiantada é a do laboratório francês Sanofi Pasteur, que está na segunda fase de estudos clínicos. Os testes ocorrem no Brasil, Peru, na Colômbia, em Honduras, no México, em Porto Rico, Cingapura, nas Filipinas, na Tailândia e no Vietnã. Em todo mundo, mais de 4 mil pessoas receberam uma ou mais doses da vacina.
No Brasil, o estudo clínico é feito desde agosto do ano passado pelo Núcleo de Doenças Infectocontagiosas da Universidade Federal do Espírito Santo, com um grupo de 150 crianças e adolescentes de 9 a 16 anos. A vacina em teste é ministrada em três doses e o estudo tem a duração de 18 meses. A perspectiva da comunidade científica é que a vacina esteja disponível daqui a cinco anos, após registro na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro; e o Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, também fazem pesquisas para criação de uma vacina contra a dengue. Se conseguirem desenvolver as vacinas, as patentes serão nacionais.
De acordo com o diretor médico de ensaios clínicos do Instituto Butantan, Alexander Roberto Precioso, a primeira fase de estudos clínicos terá início no segundo semestre, com pessoas adultas que não sofram de diabetes, nem de hipertensão e que não tenham problemas nos pulmões ou no coração, bem como nunca tenham tido dengue, nem febre amarela.
“O objetivo principal é demonstrar a segurança da vacina”, afirma Precioso. De acordo com ele, a vacina foi testada em macacos, nos Estados Unidos. A patente da vacina testada foi cedida com exclusividade para o Butantan pelos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health – NIH).
Já em Bio-Manguinhos, duas vacinas estão sendo desenvolvidas. A primeira experiência, exclusiva, é uma vacina recombinante feita a partir do vírus da febre amarela e do vírus da dengue. A outra tentativa, mais adiantada, é feita em parceria com o laboratório belga GlaxoSmithKline. Essa vacina está em estágio pré-clínico, de testes em animais.
Segundo a bióloga Helena Caride, que gerencia os projetos de desenvolvimento tecnológico das vacinas em Bio-Manguinhos, a intenção é fazer uma vacina que só exija duas aplicações em intervalo mais curto do que o da vacina em teste pela Sanofi Pasteur.
Helena lembra que o desenvolvimento de vacinas contra a dengue no Brasil não permite descuidar do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus. “Ainda temos um caminho bastante longo para ter essa vacina no mercado e não sabemos como essa vacina vai se comportar. É muito importante continuar batalhando no combate ao mosquito vetor”, ressalta Helena, ao lembrar que “só a ciência de ponta não consegue fazer sozinha. O saneamento básico é fundamental. Questões de cultura e educação no Brasil também são fundamentais para melhorar a saúde pública.”