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Pesquisa traz Bolsonaro com aprovação igual e abertura ao pacote de Guedes

Aprovação e reprovação variam na margem de erro; 52% avaliam que regra para funcionários públicos deve mudar para permitir demissões, diz pesquisa XP/Ipespe

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 17h41.

Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 18h22.

São Paulo - A aprovação do governo Bolsonaro se manteve praticamente estável no mês de novembro, de acordo com uma nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta quarta-feira (13).

A avaliação de ruim/péssimo foi de 38% em outubro para 39% atualmente, enquanto a de bom/ótimo foi de 33% para 35% e a avaliação regular foi de 27% para 25%.

Todas as movimentações estão dentro da margem de erro de 3,2 pontos percentuais. A pesquisa ouviu 1.000 pessoas entre os dias 06 e 08 de novembro por meio de ligações telefônicas.

A expectativa para o restante do mandato também ficou praticamente estabilizada com 46% de ótimo/bom, 32% de ruim/péssimo e 18% de regular.

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Reformas

55% das pessoas entrevistadas ficaram sabendo do pacote econômico anunciado na semana passada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que propõe uma revisão profunda das regras fiscais brasileiras.

Daqueles que tomaram conhecimento, 57% avaliaram as medidas como "mais positivas" e 35% como "mais negativas", enquanto 3% ficaram indiferentes e 6% não sabem ou não responderam.

A proposta de extinção de municípios com menos de 5 mil habitantes e que geram abaixo de 10% da própria receita é bem vista por 60% dos entrevistados, enquanto 32% se opõe.

Proporções similares são vistas na avaliação dos servidores públicos, que também são alvo das reformas do governo. 55% dos entrevistados utilizaram um serviço público nos últimos 12 meses.

O pacote apresentado por Guedes permite a redução de 25% no salário e jornada do servidor em momentos de emergência fiscal, e a reforma administrativa que deve ser apresentada na semana que vem deve ampliar as possibilidades de demissão.

59% avaliam que os servidores públicos trabalham menos do que os funcionários de empresas privadas, enquanto 22% acham que eles "trabalham igual" e apenas 13% avaliam que eles "trabalham mais".

Na mesma linha, 52% avaliam que os funcionários públicos ganham mais do que os privados, 15% acham que eles ganham igual e só 21% acham que eles ganham menos.

Da mesma forma, 52% concordam que as regras devem ser flexibilidades para permitir que o governo demita funcionários públicos, enquanto 39% acham que as regras devem ser mantidas.

As regras que dificultam a demissão dos servidores tem visão negativa de 46%, por incentivar baixa produtividade, e positiva de 41%, por evitar que funcionários sejam demitidos por razões políticas.

A pesquisa testou também a percepção sobre as informações divulgadas em diversas mídias. Rádio, jornal impresso e televisão continuam sendo as mídias com maior credibilidade na ordem, 58%, 55% e 50% dos entrevistados avaliam que as informações e notícias veiculadas nesses meios são, em sua maioria, verdadeiras.

O histórico, no entanto, mostra que o percentual é decrescente em relação a dezembro do ano passado e março deste ano.

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