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Pesquisa revela imagem ruim da gestão Temer no exterior

Tese do golpe no Brasil perdeu força no exterior, mas pesa contra o governo Temer a imagem de tolerância com a corrupção


	Michel Temer: presidente interino teria recebido relatório que mostra que sua gestão não é bem vista no exterior
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Michel Temer: presidente interino teria recebido relatório que mostra que sua gestão não é bem vista no exterior (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 12h01.

Brasília - Levantamento entregue esta semana ao Palácio do Planalto mostra que a imagem do governo do presidente em exercício Michel Temer está ruim na mídia internacional, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

A tese do golpe, que continua a ser propagada por apoiadores da presidente afastada Dilma Rousseff em eventos dos quais o Brasil participa no exterior e em reuniões de organismos internacionais, mostra algum arrefecimento - embora continue a ser adotada.

Porém, pesa contra Temer a percepção de um governo tolerante com a corrupção.

Um exemplo é o fato de a Operação Lava Jato ter chegado ao ponto de mandar prender pessoas da cúpula do partido do presidente, o PMDB - inclusive o senador Romero Jucá (RR), que foi ministro do Planejamento por 12 dias e integra o núcleo mais próximo a Temer.

Mesmo a realização dos Jogos Olímpicos no País, uma agenda positiva, não tem ajudado o atual governo. Pelo contrário, virou um problema de imagem por causa do zika vírus. Há pressões, inclusive de setores da comunidade científica, pelo adiamento ou pela transferência dos Jogos para outro local.

A pesquisa mostra que a imagem de Temer só fica positiva no noticiário econômico. Há um entendimento na mídia internacional que as medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estão na direção correta.

Alertada pela pesquisa, a equipe de Temer busca uma reação. Como primeira providência, Temer deverá conceder mais entrevistas a veículos estrangeiros.

Outra linha de ação é "usar" mais Meirelles. Ela já foi colocada em prática na quarta-feira, 8, no evento com empresários no Planalto.

Originalmente, não estava prevista a fala do ministro da Fazenda. Porém, ele foi escalado a discursar, para "colar" a agenda econômica no presidente.

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