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Aliados tentam aprovar reforma trabalhista no Senado

Seria uma boa notícia para mostrar que o governo ainda tem cacife político

João Doria: “Nosso compromisso não é com o governo, é o com o país” (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2017 às 06h07.

Última atualização em 10 de julho de 2017 às 08h45.

Com os olhos do Brasil voltados para a apreciação do relatório sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, os aliados do governo tentam, a qualquer custo, aprovar a reforma trabalhista no Senado. A votação está marcada para esta terça-feira. Seria uma boa notícia para mostrar que o governo ainda tem cacife político.

Para ser aprovado, o projeto de lei precisa de 41 dos 81 votos possíveis, uma maioria simples. Das comissões pelas quais o texto passou nas últimas semanas, seguem três relatórios para o Plenário. Os principais pontos dos projetos são flexibilização da lei trabalhista e aumento da importância dos acordos entre empregador e funcionário, para, na visão do governo, acelerar a criação de empregos no país.

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O texto do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é o preferido e deve ter um requerimento de prioridade pedido para que seja apreciado. Se outro texto ocupar o lugar, como o voto em separado de Paulo Paim (PT-RS) que venceu na Comissão de Assuntos Sociais, a matéria volta para a Câmara dos Deputados para nova apreciação. Em caso de rejeição, será arquivada.

O jornal Folha de S. Paulo fez um levantamento que mostra que o placar está favorável ao governo, mas bastante apertado. Foram 42 senadores que sinalizaram que aprovarão o texto, um a mais do que o mínimo. Outros 23 pretendem rejeitá-lo e 16 não adiantaram o voto. Dentro do próprio PMDB, partido de Temer, cinco senadores estão no grupo que votará contra: o ex-líder Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM), Hélio José (DF), Kátia Abreu (TO) e Roberto Requião (PR).

Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito paulistano, João Doria, ambos do PSDB, defenderam que o partido fique no governo apenas até a tramitação das reformas. “Nosso compromisso não é com o governo, é o com o país”, afirmou Doria. Ou seja: Temer não pode se dar ao luxo de uma derrota nesta frente.

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