Exame Logo

Pedido do PSDB não muda decisão sobre impeachment, diz Cunha

O presidente da Câmara garantiu que decisão do PSDB de pedir seu afastamento não altera sua decisão sobre pedidos de impeachment contra Dilma

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PSDB-RJ): pedido de afastamento não altera "em uma vírgula" decisão sobre pedidos de impeachment, disse (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2015 às 18h03.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu nesta quarta-feira que a decisão do PSDB de pedir seu afastamento do cargo por causa das acusações de corrupção não altera sua decisão sobre os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"(Mudança) nenhuma. Minha decisão vai ser dada de forma técnica. Tenho de proferir decisões que eu consiga chegar aqui e explicar as razões técnicas. Não é uma decisão de motivação política, não haverá nenhuma mudança", disse o deputado, reiterando a previsão de manifestar-se sobre a questão do impeachment até o fim do mês.

Cabe a Cunha, como presidente da Câmara, aceitar ou não pedidos de impedimento da presidente.

O PSDB afirmou, em nota publicada em seu site, que "formalizou nesta quarta-feira posição favorável ao afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do comando da Casa". A bancada do PSDB na Câmara ainda considerou "um desastre" a defesa apresentada por Cunha relativa às acusações de envolvimento e corrupção.

Cunha disse não considerar a manifestação um rompimento, já que não havia uma alianção dele com o PSDB.

"O PSDB não me apoiou na eleição para presidente (da Câmara). O PSDB, aliás, teve um candidato, que foi o Júlio Delgado (PSB-MG), que está investigado na Lava-Jato, acusado de de ter recebido recursos do delator Ricardo Pessoa", disse.

Cunha referiu-se a acusação de Pessoa, que afirmou em depoimento a procuradores da operação que Delgado teria recebido 150 mil reais em doação de sua construtora. Delgado já negou a denúncia, afirmando que se encontrou apenas uma vez com Pessoa e que o dinheiro foi doado de maneira lícita ao diretório do PSB em Minas Gerais.

A bancada do PSDB na Câmara considerou nesta quarta-feira "um desastre" a defesa apresentada por Cunha relativa às acusações de envolvimento e corrupção.

REPATRIAÇÃO

Em entrevista na Câmara, Cunha disse ainda que espera que os deputados concluam ainda nesta quarta-feira a votação do projeto de lei de regularização de bens não declarados no exterior, que faz parte das medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governo ao Congresso.

O governo tenta chegar a um acordo em torno de detalhes do projeto, como a divisão dos recursos oriundo das multas a serem cobradas na entrada dos recursos do país, mas o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), acredita que apesar disso a base "está unida para votar" o projeto.

A oposição já anunciou que fará obstrução à votação do projeto.

Texto atualizado às 19h03

Veja também

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu nesta quarta-feira que a decisão do PSDB de pedir seu afastamento do cargo por causa das acusações de corrupção não altera sua decisão sobre os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"(Mudança) nenhuma. Minha decisão vai ser dada de forma técnica. Tenho de proferir decisões que eu consiga chegar aqui e explicar as razões técnicas. Não é uma decisão de motivação política, não haverá nenhuma mudança", disse o deputado, reiterando a previsão de manifestar-se sobre a questão do impeachment até o fim do mês.

Cabe a Cunha, como presidente da Câmara, aceitar ou não pedidos de impedimento da presidente.

O PSDB afirmou, em nota publicada em seu site, que "formalizou nesta quarta-feira posição favorável ao afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do comando da Casa". A bancada do PSDB na Câmara ainda considerou "um desastre" a defesa apresentada por Cunha relativa às acusações de envolvimento e corrupção.

Cunha disse não considerar a manifestação um rompimento, já que não havia uma alianção dele com o PSDB.

"O PSDB não me apoiou na eleição para presidente (da Câmara). O PSDB, aliás, teve um candidato, que foi o Júlio Delgado (PSB-MG), que está investigado na Lava-Jato, acusado de de ter recebido recursos do delator Ricardo Pessoa", disse.

Cunha referiu-se a acusação de Pessoa, que afirmou em depoimento a procuradores da operação que Delgado teria recebido 150 mil reais em doação de sua construtora. Delgado já negou a denúncia, afirmando que se encontrou apenas uma vez com Pessoa e que o dinheiro foi doado de maneira lícita ao diretório do PSB em Minas Gerais.

A bancada do PSDB na Câmara considerou nesta quarta-feira "um desastre" a defesa apresentada por Cunha relativa às acusações de envolvimento e corrupção.

REPATRIAÇÃO

Em entrevista na Câmara, Cunha disse ainda que espera que os deputados concluam ainda nesta quarta-feira a votação do projeto de lei de regularização de bens não declarados no exterior, que faz parte das medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governo ao Congresso.

O governo tenta chegar a um acordo em torno de detalhes do projeto, como a divisão dos recursos oriundo das multas a serem cobradas na entrada dos recursos do país, mas o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), acredita que apesar disso a base "está unida para votar" o projeto.

A oposição já anunciou que fará obstrução à votação do projeto.

Texto atualizado às 19h03

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosEduardo CunhaImpeachmentOposição políticaPartidos políticosPolítica no BrasilPSDB

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame