Pedido de vista adia debate de processo contra Vargas
Com a manobra regimental, a discussão sobre a admissibilidade do processo contra Vargas deve ocorrer apenas no dia 29
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2014 às 18h04.
Brasília - O deputado Zé Geraldo (PT-PA) apresentou nesta terça-feira no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara pedido de vista (mais tempo para análise) do processo disciplinar contra o deputado licenciado André Vargas (PT-PR). A iniciativa também foi seguida pelo vice-presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).
Com a manobra regimental, a discussão sobre a admissibilidade do processo contra Vargas deve ocorrer apenas no dia 29. A data foi estabelecida pelo presidente da comissão, Ricardo Izar (PSD-SP), após conceder o pedido de vista coletiva.
Ao deixar a comissão, Zé Geraldo admitiu que atendeu a um requerimento do deputado licenciado do PT do Paraná para protelar a discussão sobre o parece preliminar.
"A situação do André não é confortável. Ele está querendo esse tempo e esse tempo está sendo dado a ele", afirmou.
"Essa não é uma situação confortável nem para a bancada nem para o partido e nem para mim. O que estou fazendo aqui é não aceitar um linchamento. Acho que os procedimentos que foram adotados para outros parlamentares também devem ser adotados para o André. A situação dele não é confortável. Ele sabe disso e precisa de tempo para tomar uma decisão. Naturalmente que com mais uma semana, ele tem mais essa semana para refletir o que vai fazer", ressaltou.
Na audiência, Zé Geraldo também recorreu ao argumento de que Vargas não teria sido notificado para apresentar um advogado.
As queixas de Zé Geraldo foram, no entanto, rejeitadas por Izar, que afirmou que o deputado licenciado do PT tinha sido notificado pelo colegiado.
Pedido
Antes do pedido de vista, o relator do caso, Júlio Delgado (PSB-MG), apresentou parecer pela admissibilidade do processo disciplinar contra Vargas.
"Há reportagens que relacionam a ele os fatos narrados, e, ao menos em tese, o fornecimento de informações privilegiadas e a intermediação de interesses de terceiro junto a ministério, aliada a recebimento de vantagens, podem constituir ato incompatível ao decoro parlamentar" afirmou Delgado, durante a leitura do documento.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar investiga a relação entre o deputado licenciado e o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Vargas também é alvo de um outro processo disciplinar no Conselho de Ética do PT, que também deverá investigar sobre o mesmo tema.
Desde que foi revelado que ele teria usado um jato emprestado pelo por Yousseff, integrantes da cúpula do partido querem que o deputado renuncie ao mandato. A iniciativa serviria para "estancar o sangramento" de Vargas e da legenda num momento pré-eleitoral.
O deputado chegou a sinalizar que abriria mão do cargo na semana passada, mas, após recuar, passou a ser alvo de fortes críticas de integrantes da executiva nacional da sigla.
"A renúncia é uma decisão pessoal. Nem eu, nem o PT podemos obrigá-lo. Mas seria bom para ele se o fizesse. E agora", afirmou na sexta-feira, 18, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP).
Brasília - O deputado Zé Geraldo (PT-PA) apresentou nesta terça-feira no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara pedido de vista (mais tempo para análise) do processo disciplinar contra o deputado licenciado André Vargas (PT-PR). A iniciativa também foi seguida pelo vice-presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).
Com a manobra regimental, a discussão sobre a admissibilidade do processo contra Vargas deve ocorrer apenas no dia 29. A data foi estabelecida pelo presidente da comissão, Ricardo Izar (PSD-SP), após conceder o pedido de vista coletiva.
Ao deixar a comissão, Zé Geraldo admitiu que atendeu a um requerimento do deputado licenciado do PT do Paraná para protelar a discussão sobre o parece preliminar.
"A situação do André não é confortável. Ele está querendo esse tempo e esse tempo está sendo dado a ele", afirmou.
"Essa não é uma situação confortável nem para a bancada nem para o partido e nem para mim. O que estou fazendo aqui é não aceitar um linchamento. Acho que os procedimentos que foram adotados para outros parlamentares também devem ser adotados para o André. A situação dele não é confortável. Ele sabe disso e precisa de tempo para tomar uma decisão. Naturalmente que com mais uma semana, ele tem mais essa semana para refletir o que vai fazer", ressaltou.
Na audiência, Zé Geraldo também recorreu ao argumento de que Vargas não teria sido notificado para apresentar um advogado.
As queixas de Zé Geraldo foram, no entanto, rejeitadas por Izar, que afirmou que o deputado licenciado do PT tinha sido notificado pelo colegiado.
Pedido
Antes do pedido de vista, o relator do caso, Júlio Delgado (PSB-MG), apresentou parecer pela admissibilidade do processo disciplinar contra Vargas.
"Há reportagens que relacionam a ele os fatos narrados, e, ao menos em tese, o fornecimento de informações privilegiadas e a intermediação de interesses de terceiro junto a ministério, aliada a recebimento de vantagens, podem constituir ato incompatível ao decoro parlamentar" afirmou Delgado, durante a leitura do documento.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar investiga a relação entre o deputado licenciado e o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Vargas também é alvo de um outro processo disciplinar no Conselho de Ética do PT, que também deverá investigar sobre o mesmo tema.
Desde que foi revelado que ele teria usado um jato emprestado pelo por Yousseff, integrantes da cúpula do partido querem que o deputado renuncie ao mandato. A iniciativa serviria para "estancar o sangramento" de Vargas e da legenda num momento pré-eleitoral.
O deputado chegou a sinalizar que abriria mão do cargo na semana passada, mas, após recuar, passou a ser alvo de fortes críticas de integrantes da executiva nacional da sigla.
"A renúncia é uma decisão pessoal. Nem eu, nem o PT podemos obrigá-lo. Mas seria bom para ele se o fizesse. E agora", afirmou na sexta-feira, 18, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP).