Pedido de licença de Jucá agrada aliados na Câmara
Antes da decisão de Jucá, os líderes diziam se sentir desconfortáveis com a situação do governo de ter entre os seus ministros investigados pela Lava Jato
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2016 às 19h41.
O pedido de licença do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do Ministério do Planejamento , no final da tarde de hoje (23), em função das denúncias contra ele, agradou líderes aliados do governo do presidente interino Michel Temer .
Antes da decisão de Jucá, os líderes diziam que estavam se sentindo desconfortáveis com a situação do governo de ter entre os seus ministros investigados pela Operação Lava Jato.
Enquanto os líderes falavam no Salão Verde da Câmara sobre as denúncias envolvendo o então ministro do Planejamento, que se encontrava no Senado junto com o presidente interino da República, chegou a notícia de que o próprio Jucá anunciava sua licença do ministério.
Os líderes mudaram o discurso e passaram a elogiar a atitude de Romero Jucá e a rapidez na decisão do afastamento.
“Decisão acertadíssima. Decisão esperada por todos nós. Ele (Jucá) terá agora a oportunidade de se dirigir à Procuradoria-Geral da República (PGR), tomar conhecimento dos fatos e se defender”, disse o líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA).
Segundo o líder, se Jucá provar que não tem nenhum tipo de culpa nesses episódios todos, ele “fica em situação muito melhor”.
Se posicionando contra Jucá ter assumido cargo no novo governo, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), elogiou a licença do ministro do cargo.
“O pedido de licença, neste momento, do cargo, apesar do desgaste que já causou ao governo, é um ato meritório daqueles que querem contribuir para o bem do país, porque ele [Jucá] no governo, a crise está dentro do governo, saindo do governo, a crise está com ele e aí ele vai se defender daquilo que está sendo acusado”, disse.
Para Bueno, é insustentável para um ministro permanecer no cargo com acusações da Lava Jato, que está sendo aplaudida por milhões de brasileiros.
“Ninguém consegue, de forma alguma, ficar de pé num cargo de governo com denúncias da Lava Jato. Todos aqueles que tiverem investigações da operação devem ser afastados”, propôs o líder.
O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), ex-vice-líder do governo da presidenta afastada Dilma Rousseff, ironizou o pedido de licença de Romero Jucá do ministério.
“Isso é balela, isso não existe, é uma coisa inusitada. O regimento não permite pedir licença. Ele não pode ser senador e ministro licenciado ao mesmo tempo, ou seja, isso é uma figura, uma engenharia regimental que ele arranjou. Ou ele é ministro ou é senador. Então ele não teve coragem de dizer 'estou pedindo demissão' e arranjou essa palavra 'estou licenciado'”, disse.
O pedido de licença do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do Ministério do Planejamento , no final da tarde de hoje (23), em função das denúncias contra ele, agradou líderes aliados do governo do presidente interino Michel Temer .
Antes da decisão de Jucá, os líderes diziam que estavam se sentindo desconfortáveis com a situação do governo de ter entre os seus ministros investigados pela Operação Lava Jato.
Enquanto os líderes falavam no Salão Verde da Câmara sobre as denúncias envolvendo o então ministro do Planejamento, que se encontrava no Senado junto com o presidente interino da República, chegou a notícia de que o próprio Jucá anunciava sua licença do ministério.
Os líderes mudaram o discurso e passaram a elogiar a atitude de Romero Jucá e a rapidez na decisão do afastamento.
“Decisão acertadíssima. Decisão esperada por todos nós. Ele (Jucá) terá agora a oportunidade de se dirigir à Procuradoria-Geral da República (PGR), tomar conhecimento dos fatos e se defender”, disse o líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA).
Segundo o líder, se Jucá provar que não tem nenhum tipo de culpa nesses episódios todos, ele “fica em situação muito melhor”.
Se posicionando contra Jucá ter assumido cargo no novo governo, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), elogiou a licença do ministro do cargo.
“O pedido de licença, neste momento, do cargo, apesar do desgaste que já causou ao governo, é um ato meritório daqueles que querem contribuir para o bem do país, porque ele [Jucá] no governo, a crise está dentro do governo, saindo do governo, a crise está com ele e aí ele vai se defender daquilo que está sendo acusado”, disse.
Para Bueno, é insustentável para um ministro permanecer no cargo com acusações da Lava Jato, que está sendo aplaudida por milhões de brasileiros.
“Ninguém consegue, de forma alguma, ficar de pé num cargo de governo com denúncias da Lava Jato. Todos aqueles que tiverem investigações da operação devem ser afastados”, propôs o líder.
O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), ex-vice-líder do governo da presidenta afastada Dilma Rousseff, ironizou o pedido de licença de Romero Jucá do ministério.
“Isso é balela, isso não existe, é uma coisa inusitada. O regimento não permite pedir licença. Ele não pode ser senador e ministro licenciado ao mesmo tempo, ou seja, isso é uma figura, uma engenharia regimental que ele arranjou. Ou ele é ministro ou é senador. Então ele não teve coragem de dizer 'estou pedindo demissão' e arranjou essa palavra 'estou licenciado'”, disse.