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PDT confirma Ciro e luta contra o isolamento na campanha

Mas o centrão, bloco dos partidos médios como DEM, PP, PRB, parece ter firmado acordo com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ruim para Ciro

CIRO GOMES: pré-candidato ainda tenta atrair o PSB para sua chapa  / Marcello Casal Jr/ABr

CIRO GOMES: pré-candidato ainda tenta atrair o PSB para sua chapa / Marcello Casal Jr/ABr

EH

EXAME Hoje

Publicado em 20 de julho de 2018 às 06h56.

Última atualização em 20 de julho de 2018 às 07h39.

O PDT realiza nesta sexta-feira a convenção nacional do partido para as eleições de 2018, que confirma Ciro Gomes como seu candidato à Presidência da República. Na última pesquisa Datafolha, de junho deste ano, o ex-governador do Ceará tinha 10% das intenções de voto no cenário sem a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso e virtualmente inelegível. Ciro fica atrás do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e da ex-senadora Marina Silva (Rede), com 19% e 15%, respectivamente.

Apesar da boa colocação, as últimas notícias não são as melhores. O centrão, bloco dos partidos médios como DEM, PP, PRB e outros, parece ter firmado acordo com o ex-governador de São Paulo e candidato tucano ao Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB). Ciro faria em seu discurso um último afago ao grupo, distanciando-se de declarações polêmicas sobre temas caros aos partidos do centrão, como a reforma trabalhista. Pregaria um “manual de decência”, como descreveu o jornal Folha de S. Paulo.

A nova estratégia do pedetista ainda é desconhecida. Ele conta com alguma simpatia de partidos de esquerda, em especial o PSB, mas corre o risco de ficar quase isolado. O próprio Alckmin tem membros do PSB simpáticos ao seu projeto, como o governador de São Paulo, Márcio França. Fora isso, PSOL e PCdoB têm candidaturas, mais propensas a serem abandonados em direção do plano B do PT.

Enquanto isso, Alckmin ganha força. Com PTB e PSD oficialmente anunciados, o bloco com o centrão será líder isolado em tempo de TV e capilaridade entre prefeituras para a campanha na ponta. Sem uma estrutura tão robusta, Ciro precisa adotar um novo curso para rivalizar com Bolsonaro e Marina, que são mais populares, e Alckmin, que terá mais recursos.

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