Paulo Vieira queria trocar pareceres por apoio a candidatura
O ex-diretor da ANA, apontado como chefe da quadrilha desarticulada pela Polícia Federal, pretendia se candidatar a deputado federal pelo PT
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 08h13.
São Paulo - Paulo Vieira, apontado como chefe da organização desarticulada pela Operação Porto Seguro , pretendia se candidatar a deputado federal pelo PT. Informações reproduzidas nos relatórios de inteligência da Polícia Federal indicam que a campanha seria financiada por empresas favorecidas pelo esquema de compra de pareceres técnicos de órgãos públicos.
Diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA), Vieira declarou a intenção de disputar uma vaga na Câmara a pelo menos quatro pessoas que tiveram diálogos grampeados pela operação - entre elas, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha. Ele se filiou ao PT em 2003 em Gavião Peixoto (SP).
A campanha de Vieira seria financiada por empresas beneficiadas pelos pareceres encomendados pelo esquema, segundo depoimento do servidor que delatou o esquema à PF, o ex-auditor do TCU Cyonil Borges.
As investigações da Porto Seguro revelaram que Vieira teria oferecido R$ 300 mil para que Cyonil produzisse um parecer favorável à ocupação de áreas do Porto de Santos pela Tecondi.
Diálogos sobre as pretensões eleitorais de Vieira foram captados em três telefonemas interceptados pelos investigadores em abril e maio de 2012.
A PF apura o enriquecimento ilícito dos integrantes do esquema e decidiu rastrear a evolução patrimonial dos investigados. O inquérito aponta que Vieira seria o dono de apartamentos e de carros registrados em nome de parentes e funcionários.
Em nota, Vieira informou que todo o seu patrimônio está declarado ao Imposto de Renda. Ele assinala que, como servidor público, apresenta cópia da declaração de bens e rendas à repartição que integra. O texto não menciona os planos eleitorais de Vieira.
Advogado da Tecondi, o criminalista José Luís Oliveira Lima afirmou que a empresa foi incorporada em julho por outra firma e que atos eventualmente praticados antes dessa data não poderiam ser respondidos pela atual gestão.
Advogado de César Floriano, sócio da Tecondi à época da suposta negociação de financiamento da candidatura de Vieira, Alberto Zacharias Toron afirmou que desconhece "absolutamente" o assunto.
São Paulo - Paulo Vieira, apontado como chefe da organização desarticulada pela Operação Porto Seguro , pretendia se candidatar a deputado federal pelo PT. Informações reproduzidas nos relatórios de inteligência da Polícia Federal indicam que a campanha seria financiada por empresas favorecidas pelo esquema de compra de pareceres técnicos de órgãos públicos.
Diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA), Vieira declarou a intenção de disputar uma vaga na Câmara a pelo menos quatro pessoas que tiveram diálogos grampeados pela operação - entre elas, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha. Ele se filiou ao PT em 2003 em Gavião Peixoto (SP).
A campanha de Vieira seria financiada por empresas beneficiadas pelos pareceres encomendados pelo esquema, segundo depoimento do servidor que delatou o esquema à PF, o ex-auditor do TCU Cyonil Borges.
As investigações da Porto Seguro revelaram que Vieira teria oferecido R$ 300 mil para que Cyonil produzisse um parecer favorável à ocupação de áreas do Porto de Santos pela Tecondi.
Diálogos sobre as pretensões eleitorais de Vieira foram captados em três telefonemas interceptados pelos investigadores em abril e maio de 2012.
A PF apura o enriquecimento ilícito dos integrantes do esquema e decidiu rastrear a evolução patrimonial dos investigados. O inquérito aponta que Vieira seria o dono de apartamentos e de carros registrados em nome de parentes e funcionários.
Em nota, Vieira informou que todo o seu patrimônio está declarado ao Imposto de Renda. Ele assinala que, como servidor público, apresenta cópia da declaração de bens e rendas à repartição que integra. O texto não menciona os planos eleitorais de Vieira.
Advogado da Tecondi, o criminalista José Luís Oliveira Lima afirmou que a empresa foi incorporada em julho por outra firma e que atos eventualmente praticados antes dessa data não poderiam ser respondidos pela atual gestão.
Advogado de César Floriano, sócio da Tecondi à época da suposta negociação de financiamento da candidatura de Vieira, Alberto Zacharias Toron afirmou que desconhece "absolutamente" o assunto.