Paulo Roberto Costa, da Petrobras, defendeu um aumento nos investimentos em refinarias (Divulgação/EXAME)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 14h48.
Rio de Janeiro - O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, avaliou como positiva a aprovação, pelo Congresso Nacional, do modelo de partilha na produção do petróleo da camada pré-sal e da criação do Fundo Social com o dinheiro gerado. Costa participou hoje (2) do seminário Pré-Sal: um Novo Marco para o Rio, na capital fluminense.
“Isso representa uma posição forte do Estado de manter a riqueza, de propiciar o desenvolvimento do povo brasileiro, a partir de um petróleo que, depois de milhões de anos, foi descoberto pela Petrobras”, disse.
Em entrevista à imprensa, Costa também defendeu investimentos em refinarias no país, já que o parque de refino do Brasil está atingindo seu limite. Em média, este ano, as refinarias brasileiras operaram com 90% de sua capacidade. Apenas em novembro, houve uma média diária de refino de 1,92 milhão de barris.
Costa também disse que o convênio para a construção de um porto em São Gonçalo, no Grande Rio, deverá ser assinado nos próximos dias entre a Petrobras, o governo do estado do Rio de Janeiro e a prefeitura do município.
Segundo o diretor da estatal, o porto deverá ser construído na Praia da Beira e será usado para desembarcar equipamentos pesados do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Ainda não está definido o responsável pela administração do porto, mas, segundo Costa, a Petrobras não administrará o terminal. “Nós vamos fazer a dragagem e o píer. Mas a Petrobras não vai usar esse porto todo dia, só quando tiver o transporte de equipamentos pesados. Por isso, a ideia é que o governo do estado e a prefeitura viabilizem esse porto também para a construção de pequenas embarcações e módulos de plataformas”, afirmou.
Paulo Roberto Costa disse que as obras do primeiro módulo Comperj já foram iniciadas e que a Petrobras investiu US$ 4,5 bilhões no complexo petroquímico até agora. Ele afirmou também que as obras não têm mais pendências no Tribunal de Contas da União (TCU).
“Não existe sobrepreço. Não existe superfaturamento. Existe problema de conceito diferente. O TCU olha um conceito mais voltado para obras civis. A gente olha mais outro lado, que é obra industrial e que não tem nada a ver com obra civil”, disse.