Partidos de esquerda traçam estratégias para recuperar espaço político
ÀS SETE - Desde o início do ano, legendas discutem atuação coordenada nas eleições de 2018 para recuperar perdas que começaram com o impeachment de Dilma
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2018 às 05h17.
Última atualização em 16 de abril de 2018 às 07h01.
Desde o início do ano, partidos de esquerda discutem uma atuação coordenada nas eleições de 2018 para recuperar espaços políticos perdidos desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
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Com a dificuldade de formalizar uma frente ampla de esquerda, entidades e fundações vinculadas a PT, PDT, PCdoB, PSOL e PSB passaram então a debater o que chamaram de “programa mínimo” de governo, que deve nortear as linhas básicas do programa de cada partido na campanha. O documento deve ser apresentado nesta segunda-feira, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
O prejuízo pelo desgaste dos partidos na última eleição foi evidente. O maior expoente, o PT, perdeu 60% de suas prefeituras em 2016.
Estudiosos e cientistas políticos apontam que este é um indício latente de diminuição das legendas também no Congresso Nacional no pleito deste ano, algo que tiraria ainda mais poder político da centro-esquerda brasileira.
O programa mínimo de esquerda pode ser um primeiro passo para uma aliança. É a vontade do próprio PT que as linhas de pensamento sejam as mesmas para viabilizar uma coalizão eleitoral.
Mas o problema é o de sempre: todos querem indicar o candidato cabeça de chapa. Com a saída de cena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e virtualmente inelegível, fica mais fragmentada a figura central que aglutinaria o eleitorado da esquerda.
Hoje, o favorito ao posto é Ciro Gomes, do PDT. Mas na sua cola surge a figura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, novo filiado do PSB. Ambos aparecem na última pesquisa Datafolha, deste domingo, empatados com 9% das intenções de voto.
O PT ainda deve divulgar um nome para herdar os votos de Lula, apesar de insistir na candidatura do ex-presidente. A estratégia petista escancara as dificuldades dos partidos de escolher entre o pragmatismo político e a rebeldia.