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Parecer de Raquel Dodge favorece ação contra inquérito das fake news

Instaurada pelo presidente do STF, Dias Toffoli, investigação busca responsáveis que teriam divulgado "calúnias" contra membros da corte e seus familiares

Procuradora-geral da República defende a suspensão do inquérito (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Procuradora-geral da República defende a suspensão do inquérito (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de agosto de 2019 às 14h33.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo o deferimento da ação movida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) contra inquérito instaurado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, que busca os responsáveis sobre fatos que ele classifica como fake news de denúncias caluniosas, ameaças e infrações contra membros da corte e seus familiares.

A ANPR alega a manutenção de sua garantia de direitos ligados à atuação profissional, à intimidade, à locomoção e à liberdade de expressão de seus associados.

Caso o Tribunal não suspenda os efeitos da ação, a ANPR pede que o STF remeta qualquer ato envolvendo procuradores da República à Procuradoria-Geral da República, conforme determina a Lei Complementar 75/1993.

Raquel Dodge considera que a ANPR está atuando em defesa de seus associados, portanto, tem legitimidade para pedir que o Supremo assegure aos procuradores o direito à liberdade de expressão, bem como de não serem alvo de investigação sem a supervisão do Ministério Público Federal.

Ela concorda ainda com a via do mandado de segurança para garantir esse direito aos membros do MPF.

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