Paralisação de caminhoneiros prejudica abastecimento no país
A greve provoca falta de produtos nos supermercados do norte e do noroeste do Paraná e oeste de Santa Catarina
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 08h23.
São Paulo - Além de afetar a produção de aves e suínos, a paralisação dos caminhoneiros provoca falta de produtos nos supermercados do norte e do noroeste do Paraná e oeste de Santa Catarina, as regiões mais prejudicadas pelo bloqueio das estradas .
Também reduziu a oferta de frutas no maior entreposto de alimentos in natura do País, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), na capital paulista.
Pães industrializados, verduras, tomate e leite de saquinho ( in natura ) foram os primeiros itens que desapareceram das prateleiras de supermercados do norte do Paraná, conta o presidente da associação regional do setor, Maurício Bendixen.
A região reúne 256 lojas espalhadas por 12 municípios, entre os quais estão Maringá, Apucarana, Cianorte, por exemplo.
Pelo fato de esses itens serem perecíveis e de giro rápido, as lojas não têm grandes estoques, explica Bendixen. Por isso, estes foram os primeiros produtos a serem afetados.
Problemas de abastecimento de frutas, legumes e verduras também estão ocorrendo com mais intensidade no oeste e extremo oeste de Santa Catarina, segundo a Associação Catarinense de Supermercados.
Em São Paulo, os produtos in natura que sofrem com o bloqueio das estradas, por enquanto, são as frutas produzidas em outros Estados.
Já as verduras são cultivadas em áreas próximas da capital, o chamado cinturão verde. Neste caso, o escoamento da produção pode ser feito por rotas alternativas, fora das áreas bloqueadas.
Um levantamento da Ceagesp mostra uma queda de 10% na entrada de frutas produzidas no Sul do País, como melancia, maçã, pera e ameixa.
Parte da carga dessas frutas, produzidas nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não conseguiu vencer o bloqueio das rodovias e chegar à Ceagesp.
Apesar de não ter números exatos, a assessoria de imprensa da Ceagesp tinha informações de que existiam caminhões carregados de banana, mamão, morango e atemóia, parados desde domingo em Governador Valadares (MG) e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Curitiba (PR).
Carnes
Nas próximas semanas, aves e suínos poderão ter o abastecimento afetado no varejo.
Na terça-feira, 24, por exemplo, o JBS, um dos gigantes da produção de frangos e suínos, paralisou a produção de oito fábricas no País: quatro em Santa Catarina, duas no Paraná, uma no Rio Grande do Sul e uma em Mato Grosso do Sul.
A empresa informa que as outras 32 unidades trabalham com 40% de ociosidade, também prejudicadas pelo bloqueio nas rodovias.
A decisão da JBS de suspender as atividades dos frigoríficos de frangos e suínos ocorreu um dia depois de outra gigante, a BRF, ter paralisado a produção de dois frigoríficos de aves e suínos no Paraná por falta de matéria-prima.
"A situação é gravíssima", diz Ricardo Gouvêa, diretor do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Santa Catarina e da Associação Catarinense de Avicultura.
Ele explica que a decisão dos frigoríficos de suspender os abates ocorreu porque essas empresas não conseguem vencer o bloqueio e entregar aos produtores integrados a ração para alimentar os animais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Além de afetar a produção de aves e suínos, a paralisação dos caminhoneiros provoca falta de produtos nos supermercados do norte e do noroeste do Paraná e oeste de Santa Catarina, as regiões mais prejudicadas pelo bloqueio das estradas .
Também reduziu a oferta de frutas no maior entreposto de alimentos in natura do País, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), na capital paulista.
Pães industrializados, verduras, tomate e leite de saquinho ( in natura ) foram os primeiros itens que desapareceram das prateleiras de supermercados do norte do Paraná, conta o presidente da associação regional do setor, Maurício Bendixen.
A região reúne 256 lojas espalhadas por 12 municípios, entre os quais estão Maringá, Apucarana, Cianorte, por exemplo.
Pelo fato de esses itens serem perecíveis e de giro rápido, as lojas não têm grandes estoques, explica Bendixen. Por isso, estes foram os primeiros produtos a serem afetados.
Problemas de abastecimento de frutas, legumes e verduras também estão ocorrendo com mais intensidade no oeste e extremo oeste de Santa Catarina, segundo a Associação Catarinense de Supermercados.
Em São Paulo, os produtos in natura que sofrem com o bloqueio das estradas, por enquanto, são as frutas produzidas em outros Estados.
Já as verduras são cultivadas em áreas próximas da capital, o chamado cinturão verde. Neste caso, o escoamento da produção pode ser feito por rotas alternativas, fora das áreas bloqueadas.
Um levantamento da Ceagesp mostra uma queda de 10% na entrada de frutas produzidas no Sul do País, como melancia, maçã, pera e ameixa.
Parte da carga dessas frutas, produzidas nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não conseguiu vencer o bloqueio das rodovias e chegar à Ceagesp.
Apesar de não ter números exatos, a assessoria de imprensa da Ceagesp tinha informações de que existiam caminhões carregados de banana, mamão, morango e atemóia, parados desde domingo em Governador Valadares (MG) e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Curitiba (PR).
Carnes
Nas próximas semanas, aves e suínos poderão ter o abastecimento afetado no varejo.
Na terça-feira, 24, por exemplo, o JBS, um dos gigantes da produção de frangos e suínos, paralisou a produção de oito fábricas no País: quatro em Santa Catarina, duas no Paraná, uma no Rio Grande do Sul e uma em Mato Grosso do Sul.
A empresa informa que as outras 32 unidades trabalham com 40% de ociosidade, também prejudicadas pelo bloqueio nas rodovias.
A decisão da JBS de suspender as atividades dos frigoríficos de frangos e suínos ocorreu um dia depois de outra gigante, a BRF, ter paralisado a produção de dois frigoríficos de aves e suínos no Paraná por falta de matéria-prima.
"A situação é gravíssima", diz Ricardo Gouvêa, diretor do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Santa Catarina e da Associação Catarinense de Avicultura.
Ele explica que a decisão dos frigoríficos de suspender os abates ocorreu porque essas empresas não conseguem vencer o bloqueio e entregar aos produtores integrados a ração para alimentar os animais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.