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Paraguai extradita ao Brasil ex-chefe do tráfico na fronteira

Pavão cumpriu uma pena de oito anos no Paraguai por evasão fiscal e lavagem de dinheiro

Brasileiro Jarvis Chimenez Pavão: ele deverá cumprir uma sentença de quase 18 anos por narcotráfico (Fatima Caniza/SENAD/Reuters)

Brasileiro Jarvis Chimenez Pavão: ele deverá cumprir uma sentença de quase 18 anos por narcotráfico (Fatima Caniza/SENAD/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 12h06.

Assunção - O Paraguai extraditou nesta quinta-feira ao Brasil o narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, personagem polêmico que construiu uma cela de luxo na principal prisão do país e cujo caso desnudou a falência do Judiciário local.

Pavão cumpriu uma pena de oito anos no Paraguai por evasão fiscal e lavagem de dinheiro e foi entregue às autoridades brasileiras em meio a medidas de segurança reforçadas após um procedimento de extradição simplificado.

No Brasil ele deverá cumprir uma sentença de quase 18 anos por narcotráfico, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Pavão partiu de uma base da Força Aérea paraguaia em uma aeronave da Polícia Federal brasileira depois de ser transferido de helicóptero do local de sua reclusão, uma operação que envolveu franco-atiradores e uma grande quantidade de agentes da lei.

Sua transferência foi alvo de dúvidas até o último momento devido à suspensão imprevista do processo por parte de um juiz de uma cidade pequena do interior do Paraguai, que na terça-feira aceitou um habeas corpus genérico solicitado por seus advogados.

Depois de assinar a resolução o magistrado pediu permissão para viajar ao exterior, noticiou a mídia local. Outra juíza de Assunção ratificou o procedimento de extradição, e o Jurado de Ajuizamento de Magistrados iniciou uma investigação sobre o juiz da cidade de San Estanislao.

Pavão foi detido em 2009 em um estabelecimento rural do norte do Paraguai, aonde vivia rodeado de luxos. Segundo autoridades locais, ele comandou durante anos o tráfico de drogas na fronteira com o Brasil, uma zona de produção de maconha e de trânsito para a cocaína.

Em 2016 ele foi transferido da Penitenciária Nacional de Tacumbú, onde construiu uma cela de luxo com móveis e equipamentos de alta qualidade com o consentimento das autoridades, a uma dependência da polícia especializada.

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