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Parada Gay passa com trios elétricos para pedir fim do preconceito

A 16ª edição Parada do Orgulho LGBT vem com o lema “Homofobia tem cura: educação e criminalização!”

Com uma expectativa de público de até 3 milhões de pessoas, 16ª Parada do Orgulho LGBT lotou os hotéis novamente (Rogério Lacanna/Capricho)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2012 às 17h44.

São Paulo – Para pedir o fim do preconceito e a criminalização da homofobia, 14 trios elétricos fecharam hoje (10) a Avenida Paulista, na região central da capital. Participam da festa jovens, velhos, crianças, famílias, drag queens, fantasiados ou não, apoiando a causa da diversidade.

A 16ª edição Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) vem com o lema “Homofobia tem cura: educação e criminalização!”. A citação faz alusão ao Projeto de Lei 122, de 2006, que tipifica a homofobia como crime. O manifesto da parada lembra ainda o caso do Projeto Escola Sem Homofobia, do governo federal, que foi duramente criticado por alguns setores da sociedade e acabou suspenso. “O ambiente escolar deve ser um espaço inclusivo, de vanguarda, que quebre paradigmas e seja ponto de reflexão sobre novas concepções morais”, ressalta o manifesto.

Indiferente à música alta, a modelista Rosângela Gamella observava a passagem dos trios sentada fora da multidão. Ela contou que nos últimos dias está emocionada lembrando de um amigo que foi morto a pedradas por “dois homofóbicos”, há dois anos. “Eu vim em algumas paradas com ele”, lembrou. Rosângela disse que, apesar de casada e mãe de dois filhos, tem muitos amigos gays. “Eu trabalho com moda e esse é um mundo muito homossexual”.

A teleatendente Laila Ferreira disse que apesar de a discriminação afetar a sua vida profissional, consegue superar o problema. “Eu sou discriminada, mas isso não me afeta. Eu sei que não somos poucos", ressaltou a transexual que foi à parada para “apoiar a causa”.

O jeito reservado faz com que o cabeleireiro Luciano Ribeiro evite ser discriminado. Ele admitiu, entretanto, que esconde a opção sexual de alguns familiares e colegas de trabalho. “Às vezes temos de esconder da família e no trabalho”.

Com uma expectativa de público de até 3 milhões de pessoas, 16ª Parada do Orgulho LGBT lotou os hotéis das categorias econômica e supereconômica da região da Avenida Paulista. Pesquisa feita pela São Paulo Turismo (SPTuris), empresa de turismo e eventos da prefeitura, revela que 16,2% do público da Parada LGBT do ano passado não moravam na capital paulista, sendo que 11,3% eram da região metropolitana de São Paulo e 4,9% eram turistas vindos de cidades do interior, de outros estados e estrangeiros. O estudo apontou, ainda, que os visitantes permanecem, em média, 5,8 dias na cidade.

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São Paulo – Para pedir o fim do preconceito e a criminalização da homofobia, 14 trios elétricos fecharam hoje (10) a Avenida Paulista, na região central da capital. Participam da festa jovens, velhos, crianças, famílias, drag queens, fantasiados ou não, apoiando a causa da diversidade.

A 16ª edição Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) vem com o lema “Homofobia tem cura: educação e criminalização!”. A citação faz alusão ao Projeto de Lei 122, de 2006, que tipifica a homofobia como crime. O manifesto da parada lembra ainda o caso do Projeto Escola Sem Homofobia, do governo federal, que foi duramente criticado por alguns setores da sociedade e acabou suspenso. “O ambiente escolar deve ser um espaço inclusivo, de vanguarda, que quebre paradigmas e seja ponto de reflexão sobre novas concepções morais”, ressalta o manifesto.

Indiferente à música alta, a modelista Rosângela Gamella observava a passagem dos trios sentada fora da multidão. Ela contou que nos últimos dias está emocionada lembrando de um amigo que foi morto a pedradas por “dois homofóbicos”, há dois anos. “Eu vim em algumas paradas com ele”, lembrou. Rosângela disse que, apesar de casada e mãe de dois filhos, tem muitos amigos gays. “Eu trabalho com moda e esse é um mundo muito homossexual”.

A teleatendente Laila Ferreira disse que apesar de a discriminação afetar a sua vida profissional, consegue superar o problema. “Eu sou discriminada, mas isso não me afeta. Eu sei que não somos poucos", ressaltou a transexual que foi à parada para “apoiar a causa”.

O jeito reservado faz com que o cabeleireiro Luciano Ribeiro evite ser discriminado. Ele admitiu, entretanto, que esconde a opção sexual de alguns familiares e colegas de trabalho. “Às vezes temos de esconder da família e no trabalho”.

Com uma expectativa de público de até 3 milhões de pessoas, 16ª Parada do Orgulho LGBT lotou os hotéis das categorias econômica e supereconômica da região da Avenida Paulista. Pesquisa feita pela São Paulo Turismo (SPTuris), empresa de turismo e eventos da prefeitura, revela que 16,2% do público da Parada LGBT do ano passado não moravam na capital paulista, sendo que 11,3% eram da região metropolitana de São Paulo e 4,9% eram turistas vindos de cidades do interior, de outros estados e estrangeiros. O estudo apontou, ainda, que os visitantes permanecem, em média, 5,8 dias na cidade.

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