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Para réu, morte de Acioli foi tramada após prisão de polícia

Em junho de 2011, o cabo e outros policiais militares (PMs) participaram de uma ação no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, que resultou na morte de Diego Belini


	Patrícia Lourival Acioli era conhecida por sua atuação contra a violência cometida por policiais militares da região
 (Reprodução)

Patrícia Lourival Acioli era conhecida por sua atuação contra a violência cometida por policiais militares da região (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 20h49.

Rio de Janeiro - O cabo da Polícia Militar Sérgio Costa Júnior, primeiro réu do julgamento da morte da juíza Patrícia Acioli, ocorrida em agosto de 2011, disse que o assassinato da magistrada foi tramado após a prisão dele e de mais três policiais que faziam parte do Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º Batalhão da PM, em São Gonçalo. O julgamento ocorre na 3ª Vara Criminal de Niterói, na região metropolitana da capital fluminense.

Em junho de 2011, o cabo e outros policiais militares (PMs) participaram de uma ação no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, que resultou na morte de Diego Belini. O crime foi registrado pelos policiais como auto de resistência, ou seja, morto ao enfrentar os PMs. A juíza, porém, decretou a prisão de todos os envolvidos no episódio, considerando que houve execução.

Sérgio Costa Júnior disse que estava na viatura, quando ocorreu o confronto, e que não participou da morte de Belini. Mas, por ter sido preso por ordem da magistrada, o "episódio lhe causou desconforto e insatisfação".

Segundo o policial militar, foi o tenente Daniel Benitez que apresentou a ideia de matar a juíza, e que nem todos os integrantes do grupo concordaram. Segundo ele, inicialmente "Benitez pensava em contratar alguns milicianos para executar o plano, mas como não obteve sucesso, sugeriu que a própria equipe matasse [a magistrada]".

Em seu relato sobre o crime, o cabo declarou que no dia da execução de Patrícia Aciolio, Benitez e ele seguiram, de moto, a magistrada desde a saída do fórum, e "quando se certificaram que ela estava indo para casa, ultrapassaram o carro da juíza, e a aguardaram a cerca de 50 metros do portão da residência, em Niterói. “Depois descemos e ficamos esperando a juíza próximo à entrada da casa”. Segundo o policial, foram cerca de 15 tiros na diceção do carro, porque eles não tinham a visão do interior do veículo devido aos vidros escuros.

Sérgio da Costa Júnior foi o único dos réus a fazer acordo na Justiça para receber o benefício da delação premiada.

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