Para rebater Lula, tucanos voltam artilharia para Haddad
Maior expoente do grupo serrista no Senado, Aloysio Nunes diz que o problema de Lula é ter "um candidato cujas ideias não se conhece
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2012 às 18h57.
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à cena política com ataques ao candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, mas nem o partido nem Serra vão polemizar diretamente com ele. Para rebater Lula, que se referiu a Serra, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, como um "político de ontem com ideias de anteontem", os tucanos voltaram a artilharia para o candidato petista a prefeito da capital, Fernando Haddad.
"O Lula é esperto, mas o truque dele é velho e o Serra não nasceu ontem, para cair nesta armadilha", reagiu o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Maior expoente do grupo serrista no Senado, Nunes diz que o problema de Lula é ter "um candidato cujas ideias não se conhece e cujas realizações têm o padrão de qualidade das trapalhadas do Enem, patrocinadas por ele mesmo no Ministério da Educação".
Para o senador, o ex-presidente está querendo "chamar o Serra para a briga", mas não se pode perder o foco de que a disputa é contra o Haddad, definido por ele como um candidato que não consegue dar um passo sem que o padrinho o segure pelas mãos. Nunes lembra que o petista foi indicado "por um método de trás de anteontem", que é o dedo do chefe, e conclui: "O Lula fica querendo provocar o Serra porque não confia no taco do pupilo dele".
O ex-líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), atribui a tática da provocação a Serra ao desconhecimento do candidato petista. "O Haddad é um desconhecido e continuará sendo até 15 de agosto, quando começa o horário eleitoral gratuito na televisão. O Lula está fazendo tudo para dar um gás ao candidato porque sabe que até o início da propaganda eleitoral será um deserto para o Haddad".
Ainda assim, Nogueira sugere a Lula que, em vez de provocar, diga o que o candidato dele fez pelo Estado de São Paulo e pela capital paulistana no ministério da Educação. "Isso ninguém sabe. É algo tão desconhecido quanto o próprio Haddad".
O deputado Walter Feldman (PSDB-SP) foi o único que lamentou o comportamento do ex-presidente. "Com toda a experiência acumulada neste período e depois da doença grave que teve, cercado pela torcida de todos para que se recuperasse logo, o que se esperava de Lula é que atingisse a maturidade que estamos colhendo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou o deputado.
Na avaliação de Feldman, o ex-presidente petista perdeu a chance de voltar à cena "com a sabedoria que se esperava dele". Em vez disso, prossegui o tucano, Lula optou pela fórmula da esperteza do Macunaíma. Resultado: "O Haddad virou filhote do Macunaíma temperado com a malícia de Maquiavel. Mas isto é compreensível, porque a candidatura dele só pode sobreviver nesse velho estilo, amparado na matreirice na malandragem."
O deputado tucano lembrou que há três anos ouve Serra falar no grave processo de desindustrialização do Brasil, apontando para a realidade atual antes de qualquer pessoa falar do problema. "Isso sim é sinal de modernidade e compreensão das questões econômicas, políticas e sociais do Brasil, que Lula rebateu dizendo que era discurso eleitoral", encerrou.
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à cena política com ataques ao candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, mas nem o partido nem Serra vão polemizar diretamente com ele. Para rebater Lula, que se referiu a Serra, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, como um "político de ontem com ideias de anteontem", os tucanos voltaram a artilharia para o candidato petista a prefeito da capital, Fernando Haddad.
"O Lula é esperto, mas o truque dele é velho e o Serra não nasceu ontem, para cair nesta armadilha", reagiu o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Maior expoente do grupo serrista no Senado, Nunes diz que o problema de Lula é ter "um candidato cujas ideias não se conhece e cujas realizações têm o padrão de qualidade das trapalhadas do Enem, patrocinadas por ele mesmo no Ministério da Educação".
Para o senador, o ex-presidente está querendo "chamar o Serra para a briga", mas não se pode perder o foco de que a disputa é contra o Haddad, definido por ele como um candidato que não consegue dar um passo sem que o padrinho o segure pelas mãos. Nunes lembra que o petista foi indicado "por um método de trás de anteontem", que é o dedo do chefe, e conclui: "O Lula fica querendo provocar o Serra porque não confia no taco do pupilo dele".
O ex-líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), atribui a tática da provocação a Serra ao desconhecimento do candidato petista. "O Haddad é um desconhecido e continuará sendo até 15 de agosto, quando começa o horário eleitoral gratuito na televisão. O Lula está fazendo tudo para dar um gás ao candidato porque sabe que até o início da propaganda eleitoral será um deserto para o Haddad".
Ainda assim, Nogueira sugere a Lula que, em vez de provocar, diga o que o candidato dele fez pelo Estado de São Paulo e pela capital paulistana no ministério da Educação. "Isso ninguém sabe. É algo tão desconhecido quanto o próprio Haddad".
O deputado Walter Feldman (PSDB-SP) foi o único que lamentou o comportamento do ex-presidente. "Com toda a experiência acumulada neste período e depois da doença grave que teve, cercado pela torcida de todos para que se recuperasse logo, o que se esperava de Lula é que atingisse a maturidade que estamos colhendo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou o deputado.
Na avaliação de Feldman, o ex-presidente petista perdeu a chance de voltar à cena "com a sabedoria que se esperava dele". Em vez disso, prossegui o tucano, Lula optou pela fórmula da esperteza do Macunaíma. Resultado: "O Haddad virou filhote do Macunaíma temperado com a malícia de Maquiavel. Mas isto é compreensível, porque a candidatura dele só pode sobreviver nesse velho estilo, amparado na matreirice na malandragem."
O deputado tucano lembrou que há três anos ouve Serra falar no grave processo de desindustrialização do Brasil, apontando para a realidade atual antes de qualquer pessoa falar do problema. "Isso sim é sinal de modernidade e compreensão das questões econômicas, políticas e sociais do Brasil, que Lula rebateu dizendo que era discurso eleitoral", encerrou.