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Para Mourão, Lira e Pacheco estão comprometidos na pauta por solução fiscal

Sobre o avanço da pauta de reformas, reforçada ontem por Lira e Pacheco em seus discursos, Mourão opinou que a prioridade é a mudança do sistema tributário brasileiro

Mourão: o vice também avaliou que o País deve ao longo do ano retomar um "ritmo de vida mais normal" com a chegada da vacina contra o coronavírus (Andressa Anholete/Getty Images)

Mourão: o vice também avaliou que o País deve ao longo do ano retomar um "ritmo de vida mais normal" com a chegada da vacina contra o coronavírus (Andressa Anholete/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 12h08.

Após a vitória política do governo ontem com a eleição de Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no Senado, o vice-presidente Hamilton Mourão disse na manhã desta terça-feira, 2, que os novos presidentes se mostraram comprometidos em avançar com a pauta de ajuste fiscal do País.

"Pelas palavras de ambos (Lira e Pacheco) ontem, ambos se apresentaram comprometidos em fazer o avanço da pauta que é necessária para que o Brasil consiga solucionar a questão fiscal ou pelo menos encaminhar a questão da solução fiscal", observou Mourão ao chegar à sede da Vice-Presidência no Palácio do Planalto. Ele citou como exemplo de questões pendentes no Congresso as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) Emergencial e do Pacto Federativo.

Sobre o avanço da pauta de reformas, reforçada ontem por Lira e Pacheco em seus discursos, Mourão opinou que a prioridade é a mudança do sistema tributário brasileiro. "Na minha opinião, a questão tributária é mais urgente até do que a questão administrativa." Em declarações anteriores, Arthur Lira sinalizou pretender dar prioridade à reforma administrativa.

Questionado sobre o retorno do auxílio emergencial, Mourão repetiu que é preciso encontrar espaço no Orçamento, como é defendido pelo ministro Paulo Guedes, da Economia. Tanto Lira quanto Rodrigo Pacheco são favoráveis à criação de um novo programa social do governo.

Mourão lembrou que houve um "forte endividamento" no ano passado e avaliou que, caso a ideia de um novo pagamento do benefício avance, é preciso buscar a solução que menos impacte as contas públicas. "É uma solução que você tira do lado para colocar do outro", disse em referência a possíveis cortes em outras áreas, como quer Guedes.

Sobre a eleição dos candidatos governistas, o vice-presidente afirmou que os indícios "eram de que as duas eleições seriam vencidas de forma bem tranquila". Na Câmara, Mourão comentou que as avaliações previam uma vitória por cerca de 300 votos para Lira, o líder do Centrão. O deputado alagoano foi eleito presidente da Câmara em primeiro turno, com 302 votos. No Senado Rodrigo Pacheco venceu com 57 votos, 16 a mais que os 41 necessários.

Em relação ao apoio do governo ao líder do Centrão e à prática do "toma lá, dá cá" envolvendo cargos, Mourão voltou a dizer que "a gente tem que saber trabalhar com as peças que estão aí no tabuleiro".

Na conversa com jornalistas nesta manhã, Mourão também avaliou que o País deve ao longo do ano retomar um "ritmo de vida mais normal" com a chegada da vacina contra o coronavírus. No último fim de semana, o Brasil atingiu mais de 2 milhões de pessoas vacinadas. O número representa ainda menos de 2% da população total do País.

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