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Para lojistas, aumento do IOF não vai controlar os preços

Representante do varejo acredita que alta da inflação está ligada a setores que não vão ser influenciados pena restrição ao crédito

Segundo a CNDL, os setores de eletrodomésticos e carros são os que mais vão sentir o aumento do IOF (Wikipedia)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 12h59.

Brasília – As novas medidas anunciadas pelo governo para restringir o acesso ao crédito terão um forte impacto no comércio varejista, mas não vão resolver o problema da inflação, acredita o presidente da Confederação Nacional dos Diretores Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior. Segundo ele, se a justificativa for apenas o controle de preços, a medida será inócua.

Pellizzaro Junior destacou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março (0,79%), divulgado ontem (7), foi mais pressionado por produtos e serviços “não afetos” à restrição de crédito, como alimentação, transporte e aluguel. “Não acredito que isso vá servir como uma maneira de brecar essa pressão inflacionária que está acontecendo”, enfatizou.

Ontem à noite, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que, a partir de hoje (8), a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito de pessoa física passará de 1,5% para 3% ao ano, como forma de tentar frear a inflação. O decreto com a elevação foi publicado no Diário Oficial da União de hoje.

Pellizzaro Junior destacou que a pressão inflacionária é decorrente do sucesso da própria política econômica do governo, que aumentou o consumo. Além disso, com a definição do salário mínimo em R$ 545, mais R$ 40 bilhões serão injetados na economia.

“Isso sim vai gerar pressão inflacionária. Não tenho uma bola de cristal para saber qual a medida mais adequada, mas tenho a convicção de que o aumento de IOF como medida restritiva de crédito não vai segurar isso”, advertiu.

O ministro da Fazenda justificou a elevação do IOF como uma forma de restringir o consumo, que aumentou por causa do maior acesso ao crédito. Para o presidente da CNDL, os setores que sentirão mais o impacto da medida são os de automóveis e eletrodomésticos de grande porte. Ele acredita, no entanto, que o aumento do imposto não terá impacto sobre a inflação nas vendas dos setores de alimentação, vestuário e calçados.

Pellizaro Junior orienta o consumidor a calcular bem o impacto das compras no orçamento. “Na verdade, ele vai ter que dar uma segurada. Vai ter que avaliar e procurar prazos menores para poder pagar menos juros e menos impostos. Na verdade, para o consumidor, o IOF tem o mesmo impacto dos juros”, disse.

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Pellizzaro Junior destacou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março (0,79%), divulgado ontem (7), foi mais pressionado por produtos e serviços “não afetos” à restrição de crédito, como alimentação, transporte e aluguel. “Não acredito que isso vá servir como uma maneira de brecar essa pressão inflacionária que está acontecendo”, enfatizou.

Ontem à noite, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que, a partir de hoje (8), a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito de pessoa física passará de 1,5% para 3% ao ano, como forma de tentar frear a inflação. O decreto com a elevação foi publicado no Diário Oficial da União de hoje.

Pellizzaro Junior destacou que a pressão inflacionária é decorrente do sucesso da própria política econômica do governo, que aumentou o consumo. Além disso, com a definição do salário mínimo em R$ 545, mais R$ 40 bilhões serão injetados na economia.

“Isso sim vai gerar pressão inflacionária. Não tenho uma bola de cristal para saber qual a medida mais adequada, mas tenho a convicção de que o aumento de IOF como medida restritiva de crédito não vai segurar isso”, advertiu.

O ministro da Fazenda justificou a elevação do IOF como uma forma de restringir o consumo, que aumentou por causa do maior acesso ao crédito. Para o presidente da CNDL, os setores que sentirão mais o impacto da medida são os de automóveis e eletrodomésticos de grande porte. Ele acredita, no entanto, que o aumento do imposto não terá impacto sobre a inflação nas vendas dos setores de alimentação, vestuário e calçados.

Pellizaro Junior orienta o consumidor a calcular bem o impacto das compras no orçamento. “Na verdade, ele vai ter que dar uma segurada. Vai ter que avaliar e procurar prazos menores para poder pagar menos juros e menos impostos. Na verdade, para o consumidor, o IOF tem o mesmo impacto dos juros”, disse.

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