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Para Jucá, tendência é PMDB fechar questão a favor da Previdência

No caso do fechamento de questão, o deputado que votar contrariamente à orientação poderá ser punido pela direção partidária

Romero Jucá: "é claro que cada partido tem a sua posição, mas o PMDB vai colocar essa discussão em pauta assim que for projetada na bancada da Câmara" (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de maio de 2017 às 12h57.

Brasília - O presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), afirmou nesta sexta-feira que a tendência da bancada peemedebista da Câmara dos Deputados é pelo fechamento de questão favorável à reforma da Previdência no plenário da Casa.

Jucá informou que há uma discussão dos deputados do partido em encaminhar um pedido à cúpula da legenda para determinar que todos tenham de seguir a orientação partidária na votação da matéria.

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No caso do fechamento de questão, o deputado que votar contrariamente à orientação poderá ser punido pela direção partidária.

"Eu diria que a tendência hoje, chegando a proposta da Câmara, é de fechamento de questão tendo em vista a importância e relevância da reforma da Previdência",disse Jucá a jornalistas, após solenidade do Palácio do Planalto de balanço de um ano de gestão do presidente Michel Temer.

"Nós não estamos brincando", acrescentou.

O senador disse que o pedido ainda não foi feito à Executiva Nacional do partido, mas ele espera que uma decisão sobre esse assunto deverá ocorrer ainda este mês.

O presidente do PMDB disse ainda estar negociando com outros partidos da base aliada para que também fechem questão sobre a reforma.

"É claro que cada partido tem a sua posição, mas o PMDB vai colocar essa discussão em pauta assim que for projetada na bancada da Câmara", disse.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse o eventual fechamento de questão em favor da reforma da Previdência é uma decisão que cabe aos partidos. Mas ressaltou que mais de 50 deputados, dos 64 da bancada peemedebista, defendem o fechamento de questão.

"Seguramente a Comissão Executiva presidida pelo senador Romero Jucá vai analisar o tema e possivelmente aprovar", disse Padilha, também ao final da solenidade.

Sobre o PSDB, outro relevante partido da base, o ministro disse acreditar na possibilidade da legenda também fechar questão, ainda que integrantes da bancada tenham oferecido resistência à proposta.

"Nós temos que os partidos de sustentação da base do governo votam com o governo. O PSDB é um dos mais importantes partidos da base", disse Padilha, questionado sobre a relutância de alguns tucanos sobre o tema.

"Nós acreditamos que possam fechar questão, sim."

O ministro da Casa Civil, contudo, não quis fixar uma data para a votação da proposta em plenário, dizendo que essa tarefa cabe naturalmente ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Mas ressaltou que o governo gostaria que ela fosse aprovada no primeiro semestre.

Padilha limitou-se a dizer que está "bem" os apoios para aprovar a matéria --são necessários ao menos 308 votos em plenário e o governo, nos bastidores, admite ainda não ter tais apoios.

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