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Para Dilma protestos são fruto de democratização do Brasil

Dilma admitiu que houve "momentos de exagero na repressão policial, principalmente no começo" mas depois "todo mundo aprendeu" a evitar o confronto, disse

Dilma Rousseff: "Vivo em uma democracia. Portanto, se não for exigente, não cumprirei em quatro anos o que devo cumprir", afirmou a presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 14h38.

Madri - Os recentes protestos e manifestações no Brasil "foram fruto de dois processos: a democratização e o crescimento", declarou a presidente Dilma Rousseff em entrevista exclusiva publicada nesta terça-feira na edição digital em português de "El Pais", e afirmou que também demonstraram que "sair da miséria é o início de outras reivindicações".

Em entrevista publicada hoje no lançamento do "El Pais" em português, Dilma abordou a diminuição do crescimento econômico no Brasil à espionagem dos Estados Unidos sobre ela, sobre o que afirmou que o governo americano se mostrou "bastante envergonhado".

No âmbito econômico, a presidente brasileira estima que o crescimento econômico este ano será "bastante maior do que 1,5% do PIB, registrado ano passado, após a revisão (feita pelo Banco Central) esta semana".

Quanto aos protestos, Dilma admitiu que houve "momentos de exagero na repressão policial, principalmente no começo" mas depois "todo mundo aprendeu" a evitar o confronto, disse.

Por causa desses protestos, o governo prometeu cinco pactos, incluindo em saúde pública, investimentos para melhorar a mobilidade urbana e na reforma política.

Sobre a segurança jurídica e os investimentos, Dilma ressaltou que "nenhum outro país alcançou o volume de licitações que o Brasil" ao se referir as recentes concorrências para a realização de grandes obras públicas e de exploração energética no país.


Quanto a espionagem americano, informação vazada pelo ex-agente dos serviços de inteligência dos EUA Edward Snowden, Dilma afirmou que "esta é uma questão global hoje. Nós não consideramos que por causa dessa espionagem haja um problema na relação econômica e comercial ou de investimentos. Não vemos assim".

Mas especificou que "uma relação como a do Brasil e dos Estados Unidos, que os dois países querem que seja estratégica, não pode ter como característica uma violação, nem dos direitos civis da minha população nem da minha soberania".

"Eu, como pessoa, não tenho o que os americanos chamam de "bad feeling" (mau pressentimento), mas como presidente tenho que me indignar" por essa espionagem, acrescentou.

Dilma Rousseff reconheceu ser "muito exigente" porque, explicou, não vai ficar na Presidência do Brasil "eternamente", e lembrou que "estou aqui para fazer um trabalho e ir. Vivo em uma democracia. Portanto, se não for exigente, não cumprirei em quatro anos o que devo cumprir".

"É uma razão política. E tem também a ver com o fato de ser mulher", acrescentou.

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Madri - Os recentes protestos e manifestações no Brasil "foram fruto de dois processos: a democratização e o crescimento", declarou a presidente Dilma Rousseff em entrevista exclusiva publicada nesta terça-feira na edição digital em português de "El Pais", e afirmou que também demonstraram que "sair da miséria é o início de outras reivindicações".

Em entrevista publicada hoje no lançamento do "El Pais" em português, Dilma abordou a diminuição do crescimento econômico no Brasil à espionagem dos Estados Unidos sobre ela, sobre o que afirmou que o governo americano se mostrou "bastante envergonhado".

No âmbito econômico, a presidente brasileira estima que o crescimento econômico este ano será "bastante maior do que 1,5% do PIB, registrado ano passado, após a revisão (feita pelo Banco Central) esta semana".

Quanto aos protestos, Dilma admitiu que houve "momentos de exagero na repressão policial, principalmente no começo" mas depois "todo mundo aprendeu" a evitar o confronto, disse.

Por causa desses protestos, o governo prometeu cinco pactos, incluindo em saúde pública, investimentos para melhorar a mobilidade urbana e na reforma política.

Sobre a segurança jurídica e os investimentos, Dilma ressaltou que "nenhum outro país alcançou o volume de licitações que o Brasil" ao se referir as recentes concorrências para a realização de grandes obras públicas e de exploração energética no país.


Quanto a espionagem americano, informação vazada pelo ex-agente dos serviços de inteligência dos EUA Edward Snowden, Dilma afirmou que "esta é uma questão global hoje. Nós não consideramos que por causa dessa espionagem haja um problema na relação econômica e comercial ou de investimentos. Não vemos assim".

Mas especificou que "uma relação como a do Brasil e dos Estados Unidos, que os dois países querem que seja estratégica, não pode ter como característica uma violação, nem dos direitos civis da minha população nem da minha soberania".

"Eu, como pessoa, não tenho o que os americanos chamam de "bad feeling" (mau pressentimento), mas como presidente tenho que me indignar" por essa espionagem, acrescentou.

Dilma Rousseff reconheceu ser "muito exigente" porque, explicou, não vai ficar na Presidência do Brasil "eternamente", e lembrou que "estou aqui para fazer um trabalho e ir. Vivo em uma democracia. Portanto, se não for exigente, não cumprirei em quatro anos o que devo cumprir".

"É uma razão política. E tem também a ver com o fato de ser mulher", acrescentou.

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