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Para deputado, Kassab só manteve secretaria de Serra

Guilherme Campos também afirmou que o auditor fiscal que envolveu Kassab no esquema queria incriminar o ex-prefeito, pois sabia que estava sendo investigado

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo (Lailson Santos/Veja)

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo (Lailson Santos/Veja)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2013 às 15h34.

Campinas - O ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, teria seguido o acordo de assunção do ex-prefeito José Serra (PSDB) no compromisso de manter a estrutura da Secretaria de Finanças durante todo seu mandato tampão (2008-2009) e posteriormente, quando foi eleito prefeito de São Paulo (2009-2012), de acordo com o deputado federal Guilherme Campos (PSD). Kassab teve seu nome envolvido no esquema que desviou até R$ 500 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS) da Prefeitura de São Paulo durante sua gestão, em um telefonema gravado com autorização judicial.

"É só fazer uma constatação. Dentro do acordo de assunção veio o compromisso de manter a estrutura montada pelo prefeito José Serra e do secretário de finanças Mauro Ricardo", disse. A declaração do deputado foi feita após o encontro regional do PSD para mulheres, em Campinas, na manhã deste sábado. Ontem, o ex-governador José Serra rechaçou a possibilidade do envolvimento do ex-secretário de Finanças na gestão Kassab, Mauro Ricardo.

Guilherme Campos também afirmou que o auditor fiscal que envolveu Kassab no esquema e foi flagrado em escuta divulgada na quinta-feira queria incriminar o ex-prefeito, pois sabia que estava sendo investigado. "É uma fala perdida no tempo e no espaço, de alguém desesperado. Numa situação de estar acuada, a pessoa sai dando tiro em todo mundo", disse.

Ao ser questionado sobre a manutenção da aliança entre PT e PSD, Campos afirmou que o partido é independente, e que "não existe nenhuma vinculação ao que está acontecendo ao partido do governo Fernando Haddad (PT)". O petista aproveitou o episódio recentemente para criticar a postura do governo Kassab e disse que "não houve investigação no ano passado, houve um expediente muito superficial a partir de uma denúncia anônima".

A ex-vice prefeita de Gilberto Kassab e atual presidente do PSD Mulher, Alda Marco Antônio, afirmou que a questão nacional do acordo do partido com o PT será levada pelo diretório nacional. Ela disse acreditar que a imagem de Gilberto Kassab não ficará manchada com as denúncias.

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