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Para Bolsonaro, condenação de Lula é "histórica"

Para Bolsonaro, a condenação de Lula em segunda instância é "outra chance de nos afastarmos de vez do comunismo"

Bolsonaro: "Hoje foi mais uma encruzilhada, um ponto marcante, um dia histórico, no nosso Brasil" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bolsonaro: "Hoje foi mais uma encruzilhada, um ponto marcante, um dia histórico, no nosso Brasil" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 22h20.

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse no início da noite desta quarta-feira, 24, que a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marca "um dia histórico", mas afirmou que servirá também para (a esquerda) "continuar se vitimizando como fizeram no período militar".

Para Bolsonaro, a condenação de Lula em segunda instância é "outra chance de nos afastarmos de vez do comunismo".

"Eles vão continuar martelando, se vitimizando, como fizeram no período militar. Os caras faziam barbaridade, treinavam em Cuba, pegavam em armas, metiam bomba aqui, executavam gente naquele mini manual de guerrilha do (Carlos) Marighella (comandante da Ação Libertadora Nacional, organização guerrilheira que combateu o regime militar), e eram coitados, estavam lutando por democracia. Aquela mentira de sempre. Vão continuar fazendo a mesma coisa", disse.

As declarações do deputado federal foram dadas durante transmissão via Facebook realizada na página de um de seus filhos, Flávio, que é deputado estadual no Rio de Janeiro. A transmissão fora anunciada sob o título "Liberdade 3 x 0 Lula".

"Mais um dia histórico para todos nós. Eu costumo dizer que tão importante quanto você combater a corrupção é você combater o socialismo, e evitar que o Brasil chegue a um ponto tal que não dê para retornar mais. Ouso dizer que, se Dilma tivesse continuado, acho que dificilmente fugiríamos de um regime como está a Venezuela e como está entrando a Bolívia de Evo Morales agora", declarou Jair Bolsonaro.

Defensor da ditadura militar de 1964-85, Bolsonaro, capitão da reserva do Exército e deputado federal, comemorou a decisão.

"Hoje foi mais uma encruzilhada, um ponto marcante, um dia histórico, no nosso Brasil, (com) a condenação do Lula em segunda instância, e o que é mais importante, por unanimidade, o que dificulta uma possível tentativa dele para eleição", comentou o parlamentar.

Questionado por um internauta quem ele considerava que seria o candidato do PT a partir da condenação de Lula, Jair Bolsonaro citou os nomes do ex-governador baiano Jacques Wagner, do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e do ex-chanceler Celso Amorim. E fez graça sobre o ex-ministro das Relações Exteriores.

"O que nós queremos é o PT fora de combate, e não é querer por querer, é porque fizeram besteira demais. Pra mim, mais ou tão grave quanto a corrupção, é a questão ideológica. Acho que o Brasil ganha com o Lula fora de combate. Ele apontam aqui o Jacques Wagner como possível candidato deles, o (Fernando) Haddad em São Paulo, o Celso Amorim... É uma piada, né? O ex-ministro Celso Amorim é um fanfarrão, uma piada, pra baixo e pra cima com o Lula. Esse mesmo Celso Amorim, quando o Evo Morales tomou nossa refinaria lá na Bolívia, ele disse que o Evo estava certo, que o Brasil estava tendo um comportamento imperialista, e a refinaria era deles e ponto final. Olha a consequência. Olha o preço do gás", afirmou, omitindo que o preço do gás nas refinarias é fixado pela Petrobras.

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