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Para Aécio, Dilma repete ditadura e vincula Copa à política

Candidato criticou a presidente Dilma Rousseff por ter utilizado cadeia de rádio e TV na terça-feira para anunciar a proximidade da Copa do Mundo


	Aécio Neves: "na década de 70 havia uma preocupação de vincular futebol à política”
 (Orlando Brito / PSDB)

Aécio Neves: "na década de 70 havia uma preocupação de vincular futebol à política” (Orlando Brito / PSDB)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 14h32.

Rio de Janeiro - O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, criticou a presidente Dilma Rousseff por ter utilizado cadeia de rádio e TV na terça-feira para anunciar a proximidade da Copa do Mundo e acusou a petista de tentar repetir uma estratégia usada por militares na época da ditadura militar.

Segundo o tucano, a participação da presidente além de ilegal, por infringir a legislação eleitoral na avaliação dele, remete à campanha dos militares na Copa de 1970, quando o governo tentou vincular o título mundial no México ao sucesso do regime ditatorial.

O candidato do PSDB afirmou que vai torcer para a conquista do Brasil este ano e que não acredita que uma eventual vitória possa ter influência no resultado das eleições presidenciais.

“Isso é coisa do passado. Na década de 70 havia uma preocupação de vincular futebol à política”, disse Aécio a jornalistas após ir ao velório do presidente de honra do PSDB, Marcelo Alencar.

“O que é triste é a presidente querer reviver os tempos da ditadura e se apropriar do sucesso da seleção como fez ontem acintosamente em mais uma ilegal convocação de cadeia de rádio e TV para dizer que vai ter Copa na quinta-feira. É usar dinheiro público para fazer campanha eleitoral”, acrescentou o tucano.

Em seu discurso na véspera, Dilma afirmou que apesar dos que torceram contra a Copa do Mundo, o torneio se viabilizou e ainda convocou a população para se engajar no mundial.

Patética

Aécio, que será proclamado oficialmente candidato à Presidência na convenção do partido no próximo sábado, comemorou ainda o seu crescimento na pesquisa Ibope divulgada na véspera, em que aparece com 22 por cento das intenções de voto, contra 20 por cento em um levantamento feito em maio. O candidato do PSB, Eduardo Campos, apareceu com 13 por cento, enquanto Dilma passou a 38 por cento.

Aécio afirmou que o segundo turno se mostra inevitável e avaliou que a presidente corre o risco de ficar de fora da disputa.

O pré-candidato do PSDB classificou ainda como “patética” a participação de Dilma na convenção PDT ao atribuir à oposição problemas como inflação mais alta e crescimento baixo da economia.

“O sentimento no país é de fim de ciclo... enquanto eles falarem do passado, nós vamos falar do futuro; enquanto eles falarem de medo, nós vamos falar de esperança”, afirmou o tucano.

Aécio comentou o resultado da convenção do PMDB, que confirmou a aliança nacional com o PT, mas com uma vitória mais apertada do que se previa.

“O apoio do PMDB com apenas 59 por cento foi uma derrota fragorosa para presidente e mostra que nem o sócio majoritário na aliança dá apoio integral”, disse.

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