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País precisa de remédio para ansiedade, diz Gilmar sobre Segóvia

Na semana passada, Gilmar Mendes conversou com o diretor-geral da PF após Segovia ter declarado que não há provas contra o presidente Temer

Gilmar Mendes: "Eu tenho impressão que o ambiente está muito conturbado, o Brasil está muito agitado e ansioso" (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Gilmar Mendes: "Eu tenho impressão que o ambiente está muito conturbado, o Brasil está muito agitado e ansioso" (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 16h00.

São Paulo - Ironizando a repercussão das declarações do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes declarou nesta segunda-feira, 19, que o País precisa de um "remédio" para dosar a ansiedade.

Na semana passada, Mendes conversou com o diretor-geral da PF após Segovia ter declarado que não há provas contra o presidente Michel Temer nas investigações envolvendo o Decreto dos Portos e que o inquérito pode ser arquivado. O ministro afirmou que conhece Segovia "há muitos anos", mas que os dois não conversaram sobre as declarações.

"Eu tenho impressão que o ambiente está muito conturbado, o Brasil está muito agitado e ansioso", disse o ministro sobre o caso, em entrevista coletiva após participar de um evento do jornal Folha de S.Paulo na capital paulista. "(O País) precisa de, talvez, um remédio, um psiquiatra, algo do tipo, para dosar a ansiedade."

Perguntado se Segovia deveria ser punido pelas declarações envolvendo Michel Temer, o ministro Gilmar Mendes evitou dar opinião.

Lula

Na entrevista, o magistrado também evitou antecipar sua posição em eventual julgamento de habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recorreu ao Supremo tentando impedir uma prisão após a condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Mendes já declarou que é a favor de o STF rever o posicionamento atual que permite a execução da pena após condenação em segunda instância.

O ministro afirmou ainda que, provavelmente, irá levar na semana que vem à Segunda Turma do STF o pedido do ex-governador do Rio Sérgio Cabral para sair da prisão em Curitiba e voltar ao seu Estado.

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