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Pablo Marçal diz que será candidato à presidência em 2026 pelo PRTB

Marçal informou ainda que o partido mudará de nome e passará a se chamar Brasileiro

Pablo Marçal (PRTB)
 (FLOW/Divulgação)

Pablo Marçal (PRTB) (FLOW/Divulgação)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 08h35.

Última atualização em 8 de janeiro de 2025 às 08h38.

O influenciador e empresário Pablo Marçal anunciou nesta quarta-feira, 8, que será candidato à presidência em 2026 pelo PRTB, seu atual partido

“Serei candidato a presidente pelo PRTB em 2026. O empreendedorismo é a chave para libertar o nosso povo e fomentar o desenvolvimento econômico”, afirmou em nota.

Marçal informou ainda que o partido mudará de nome e passará a se chamar Brasileiro. Se concretizada, esta será a segunda vez que Marçal tenta concorrer ao cargo. Em 2022, ele chegou a lançar oficialmente sua candidatura à presidência pelo PROS, mas a Justiça Eleitoral barrou a decisão partidária que o declarou candidato. Posteriormente, concorreu ao cargo de deputado federal, chegou a ser eleito sub judice, mas nunca tomou posse por conta de decisões desfavoráveis da Justiça Eleitoral.

Candidato derrotado no primeiro turno da eleição para prefeito de São Paulo, o influenciador teve grande destaque no pleito pelo seu estilo bélico e conseguiu 1,7 milhão de votos. Após a eleição, Marçal dialogou com outras siglas, como o União Brasil, mas decidiu permanecer no PRTB.

Marçal é o segundo nome “midiático” a anunciar pré-candidatura à presidência. Na semana passada, o cantor sertanejo Gusttavo Lima revelou a intenção de disputar o cargo, inclusive recebendo uma ligação de Marçal para discutir apoio à empreitada política.

Problemas na Justiça Eleitoral

De acordo com advogados especialistas em direito eleitoral ouvidos pela EXAME, Marçal enfrenta o risco de ficar inelegível devido a ações relacionadas às eleições de 2024.

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há mais de uma centena de processos contra o influenciador por atos cometidos durante sua campanha, entre agosto e outubro daquele ano. As ações incluem pedidos de direito de resposta, em sua maioria apresentados pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), notícias-crime, grande parte movidas pelo apresentador José Luiz Datena (PSDB), além de representações por propaganda eleitoral irregular.

O principal obstáculo para Marçal, no entanto, são as Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Este tipo de representação, que tramita na Justiça Eleitoral sem caráter criminal, é conhecido pela celeridade no julgamento. Há pelo menos nove processos dessa natureza contra Marçal registrados no TSE.

As ações apuram se o influenciador utilizou indevidamente meios de comunicação e se, a partir disso, o uso foi suficientemente grave para caracterizar conduta inaceitável, qualitativamente, ou quantitativa, por atingir um grande número de eleitores. Há pelo menos nove processos dessa natureza contra Marçal registrados no TSE.

As ações apuram se o influenciador utilizou indevidamente meios de comunicação e se, a partir disso, o uso foi suficientemente grave para caracterizar conduta inaceitável, qualitativamente, ou quantitativa, por atingir um grande número de eleitores. Se comprovadas as irregularidades, o candidato pode ter seus direitos políticos cassados.

O caso mais emblemático envolve a divulgação de um laudo falso que acusava Guilherme Boulos (PSOL), seu então adversário, de procurar uma unidade de saúde após suposto uso de cocaína. A falsidade do documento foi comprovada rapidamente, mas Marçal o divulgou na véspera da votação.

A Polícia Federal investiga o episódio. Ele pode responder pelos crimes de injúria eleitoral, difamação eleitoral e falsidade documental com fins eleitorais. Caso condenado, Marçal pode ficar inelegível por oito anos e até ser preso. O caso será analisado inicialmente pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e, em seguida, pelo TSE.

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