Os primeiros empregos dos candidatos à Prefeitura de São Paulo
Antes de entrarem para a política, alguns dos candidatos à Prefeitura tiveram empregos curiosos e muito menos públicos do que o cargo que almejam hoje
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 15h50.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h21.
Antes de ser eleito deputado, prefeito ou governador de São Paulo - aliás, muito antes disso tudo, José Serra teve seu primeiro "emprego" ainda muito jovem. Único filho de um imigrante italiano com uma brasileira (filha de italianos), Serra nasceu no bairro paulistano da Mooca e, eventualmente, ia trabalhar na banca de frutas que o pai tinha no Mercado Municipal de São Paulo.
Celso Russomanno era jornalista antes de mudar sua carreira e se tornar político - e ele tinha um emprego que o deixou bastante famoso: era apresentador de um quadro no programa Aqui Agora, do SBT. Na televisão, o agora candidato mediava reclamações de consumidores que criticavam diversas empresas. Anos antes disso e de seus mandatos como deputado federal, Russomanno vendia papagaio, pipa e carrinho de rolimã. "Eu mesmo fazia tudo e vendia na feira perto de onde eu morava", conta o candidato. Mais velho, com 13 anos, ele passou a trabalhar como office boy para uma escola paulistana.
Fernando Haddad se tornou mais conhecido pelos eleitores brasileiros ao assumir o cargo de Ministro da Educação nos governos de Lula e de Dilma Roussef. O primeiro emprego que o ex-ministro e atual candidato à Prefeitura de São Paulo teve, porém, é bem diferente daquele que ele busca agora. Aos 18 anos, Haddad ajudava o pai na loja de tecidos da família na famosa rua 25 de março.
A carreira profissional da candidata Soninha talvez seja das mais inusitadas dentre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Formada em Cinema, Soninha trabalhou como jornalista, apresentadora de televisão e atriz. Muitos anos antes, porém, seu primeiro trabalho veio dando aulas particulares de reforço escolar, ainda quando era aluna do colegial. "Meu primeiro emprego com registro em carteira, mesmo, foi como professora de inglês na Cultura Inglesa, mas antes disso eu já dava aulas, trabalhava como recepcionista em eventos e até já tinha sido babá", conta.
Chalita é formado em Direito e em Filosofia e tem sua carreira muito ligada à área de educação: ele é professor universitário e foi Secretário da Educação de São Paulo durante quatro anos. Essa conexão que o candidato tem com o ensino vem desde cedo. O primeiro emprego de Gabriel Chalita foi como professor substituto de Matemática e Ciências em uma escola estadual da cidade de Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo e onde o candidato nasceu. Sempre que um professor faltava às aulas, era Chalita que eles chamavam para lecionar.
O deputado Paulo Pereira da Silva começou sua carreira política ao se aproximar de sindicatos de metalúrgicos. Sua consciência das condições de trabalho veio desde cedo: o atual candidato à Prefeitura de São Paulo trabalhava na lavoura ao lado de seus irmãos em Porecatu, no Paraná.
Conhecido pelo eleitorado não só pelo bigode característico, mas também pelo projeto de aerotrem (trem-bala ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro), Levy Fidelix está em sua 12ª candidatura para um cargo público. Em seu primeiro emprego, porém, o candidato também não estava muito distante da política: aos 19 anos ele começou a trabalhar como redator e revisor da imprensa oficial do Governo Federal.
Eymael, também conhecido como o democrata cristão, tem a campanha com um dos jingles mais reconhecidos do cenário político brasileiro. E não é à toa: o atual candidato à Prefeitura paulistana usa a mesma música (com singelas versões como "sertaneja" ou "axé") desde 1985. Décadas antes disso, porém, ele ajudava a empresa do pai e trabalhou como auxiliar de tipografia em Porto Alegre, quando tinha 12 anos.