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Os novos desafios de Temer

Há momentos em que o presidente Michel Temer parece um faxineiro de mansão: ao terminar de limpar o quarto, a sala está uma bagunça. No início da semana, os desafios era confirmar a nomeação de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, encontrar um nome para o Ministério da Justiça e confrontar os resultados da pesquisa CNT/MDA, […]

MICHEL TEMER: resolvidos os problemas da semana, outros surgiram no radar / REUTERS/Ueslei Marcelino

MICHEL TEMER: resolvidos os problemas da semana, outros surgiram no radar / REUTERS/Ueslei Marcelino

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 06h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

Há momentos em que o presidente Michel Temer parece um faxineiro de mansão: ao terminar de limpar o quarto, a sala está uma bagunça. No início da semana, os desafios era confirmar a nomeação de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, encontrar um nome para o Ministério da Justiça e confrontar os resultados da pesquisa CNT/MDA, que traz mais um aumento de sua rejeição. Conseguiu alto apoio no Congresso para efetivar Moraes, anunciou Osmar Serraglio (PMDB-PR) como ministro da Justiça e contou com o corte de juros para valorizar sua agenda econômica.

Mas os novos problemas não demoraram a aparecer. O 1º vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), que venceu a eleição sem apoio do partido, declarou estar rompido com o governo. Ao lado da bancada mineira, Ramalho exigia a nomeação de Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) para o Ministério da Justiça. Não foi atendido. Agora, será preciso controlar um racha no PMDB da Câmara e lidar com uma posição de liderança na Mesa que pode embaraçar as reformas da Previdência e Trabalhista.

Para não causar instabilidade em outra frente, Temer vai precisar analisar com lupa a nomeação do novo chanceler. Agora ex-ministro, José Serra (PSDB-SP) deixou o cargo por problemas na coluna. O PSDB exige manter a pasta, pois o PMDB tomou dos tucanos a Justiça. O nome favorito, segundo analistas políticos, é o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e José Aníbal (PSDB-SP) são os preferidos de Serra.

Por fim, a semana que vem começa com outro pepino: cinco delatores da Odebrecht falarão ao Tribunal Superior Eleitoral a partir da quarta-feira de Cinzas. Marcelo Odebrecht está no bolo. Suas declarações sobre repasses a políticos estão em sigilo, mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sinalizou ao relator Herman Benjamin que as revelações são quentes.

Nesta sexta-feira 24, Michel Temer, Marcela e Michelzinho partem para a base militar de Aratu, próximo de Salvador, para um descanso de carnaval. Depois dele, a agenda será cheia.

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