São Paulo – O nome técnico é “infarto agudo do miocárdio”, mas a condição é conhecida popularmente como parada ou ataque cardíaco e acontece quando há necrose (morte do tecido) de parte do músculo do coração. Ela é a segunda causa mais comum de mortes por doença no
Brasil . O infarto perde apenas para as doenças cerebrovasculares, grupo de enfermidades que inclui, por exemplo, o derrame. Considerando a rede pública e privada, 79 mil pessoas morreram vítimas de infarto em 2010, último ano com dados consolidados no país. Só o Sistema Único de Saúde atendeu quase 75 mil casos de pessoas sofrendo infarto. A partir de informações do DataSUS, sistema de dados mantido pelo
Ministério da Saúde , EXAME.com fez um levantamento com a quantidade de atendimentos e óbitos registrados no SUS de cada estado. Os dados não contemplam atendimentos e óbitos na rede privada, apenas em hospitais públicos ou conveniados ao SUS. Para comparação, não foram usados os números absolutos, mas o cálculo da taxa de ocorrências por 100 mil habitantes. O Dr. Emílio Zilli, médico cardiologista e diretor da
Associação Médica Brasileira (AMB) chama atenção para o fenômeno da subnotificação que pode ocorrer em estados do Norte e Nordeste, onde problemas cardiovasculares podem ser registrados e detectados como outras doenças por hospitais que não são especializados. “Pode acontecer, também, de as pessoas morrerem antes de serem atendidas, e esse caso não é notificado no SUS”, explica. Entre os dez estados com maior taxa de óbitos, seis são das regiões Sul ou Sudeste. Três sulistas ficam entre os cinco primeiros. São Paulo aparece em segundo lugar, com uma taxa de óbitos de 7,33 por cem mil habitantes. Segundo o dr. Zilli, o estilo de vida nas regiões Sul e Sudeste contém mais fatores de risco, como alimentação inadequada (excesso de gordura na dieta) e sedentarismo. Além disso, os dados do SUS são gerais, levando em consideração a população urbana e rural. “Em alguns pontos no Norte e
Nordeste , como em Recife, por exemplo, a incidência já é quase a mesma do que em Belo Horizonte, mas ela cai quando se considera a população rural”, explica. Outra justificativa para essa divisão nos casos de infarto está na própria característica da doença de acometer pessoas mais velhas. “Norte e Nordeste sofrem com outros problemas, como desnutrição, por exemplo, e têm uma população com menos idosos”, nota o cardiologista. Clique nas fotos e veja as taxas e os números brutos de ocorrências e óbitos por ataques cardíacos em casa estado.
2. 1. Rio Grande do Sul – taxa de 7,82 óbitos 2 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 7.051
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 65,93
Óbitos em 2010: 837
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 7,82
3. 2. São Paulo – taxa de 7,33 óbitos 3 /27(Manipulação de imagem sobre foto de Germano Lüders/EXAME.com)
Internações em 2010: 22.744
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 55,12
Óbitos em 2010: 3.028
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 7,33
4. 3. Paraná – taxa de 6,41 óbitos 4 /27(Franz Kölbl/Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 5.016
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 48,02
Óbitos em 2010: 670
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 6,41
5. 4. Santa Catarina – taxa de 6,35 óbitos 5 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 3.501
Taxa de internações por 100 mil habitantes:56,05
Óbitos em 2010: 397
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 6,35
6. 5. Mato Grosso – taxa de 5,63 óbitos 6 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 847
Taxa de internações por 100 mil habitantes:27,9
Óbitos em 2010: 171
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 5,63
7. 6. Minas Gerais – taxa de 5,5 óbitos 7 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 9.275
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 47,32
Óbitos em 2010: 1.078
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 5,5
8. 7. Rio de Janeiro – taxa de 5,3 óbitos 8 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010:5.622
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 35,15
Óbitos em 2010: 848
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 5,3
9. 8. Paraíba – taxa de 5,01 óbitos 9 /27(Wikipedia / Pbendito)
Internações em 2010: 879
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 23,33
Óbitos em 2010: 189
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 5,01
10. 9. Goiás – taxa de 3,94 óbitos 10 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 1.722
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 28,68
Óbitos em 2010: 237
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,94
11. 10. Piauí – taxa de 3,88 óbitos 11 /27(GettyImages/Getty Images)
Internações em 2010: 926
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 29,69
Óbitos em 2010: 121
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,88
12. 11. Mato Grosso do Sul – taxa de 3,83 óbitos 12 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 882
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 36,01
Óbitos em 2010: 94
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,83
13. 12. Ceará – taxa de 3,76 óbitos 13 /27(W)
Internações em 2010: 2.751
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 32,54
Óbitos em 2010: 318
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,76
14. 13. Bahia – taxa de 3,68 óbitos 14 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 4.148
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 29,59
Óbitos em 2010: 517
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,68
15. 14. Espírito Santo – taxa de 3,61 óbitos 15 /27(Viagem e Turismo/Gilvan Barreto)
Internações em 2010: 1.074
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 30,55
Óbitos em 2010: 127
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,61
16. 15. Sergipe – taxa de 3,57 óbitos 16 /27(.)
Internações em 2010: 613
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 29,64
Óbitos em 2010: 74
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,57
17. 16. Rio Grande do Norte – taxa de 3,4 óbitos 17 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 807
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 25,47
Óbitos em 2010: 108
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,4
18. 16. Acre – taxa de 3,4 óbitos 18 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 141
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 19,22
Óbitos em 2010: 25
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,4
19. 18. Tocantins – taxa de 3,39 óbitos 19 /27(Divulgação/Prefeitura)
Internações em 2010: 303
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 21,9
Óbitos em 2010: 47
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3,39
20. 20. Rondônia – taxa de 3 óbitos 20 /27(Luiz Alexandre/Flickr/Creative Commons)
Internações em 2010: 261
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 16,7
Óbitos em 2010: 47
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 3
21. 22. Alagoas – taxa de 2,05 óbitos 21 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 351
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 11,24
Óbitos em 2010: 64
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 2,05
22. 23. Amazonas – taxa de 1,8 óbitos 22 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 875
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 25,11
Óbitos em 2010: 63
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 1,8
23. 24. Amapá – taxa de 1,79 óbitos 23 /27(Antonio Milena/Veja)
Internações em 2010: 65
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 9,7
Óbitos em 2010: 12
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 1,79
24. 26. Maranhão – taxa de 1,2 óbitos 24 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 446
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 6,78
Óbitos em 2010: 79
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 1,2
25. 27. Roraima – taxa de 0,88 óbitos 25 /27(Wikimedia Commons)
Internações em 2010: 46
Taxa de internações por 100 mil habitantes: 10,21
Óbitos em 2010: 4
Taxa de óbitos por 100 mil habitantes: 0,88
26. Agora, veja os remédios que foram proibidos no exterior, mas ainda são vendidos por aqui 26 /27(Loic Venance/AFP)
27. Agora, veja as doenças que mais matam no Brasil 27 /27(Carsten Koall/Getty Images)