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Os citados por Janot

Esta quarta-feira deve ser de explicações e muitas articulações políticas em Brasília no rescaldo da lista de inquéritos pedidos ontem pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF). No total, foram 83 pedidos de abertura de inquéritos contra políticos com base nos acordos de delação premiada firmados com 77 executivos da Odebrecht. A […]

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Ueslei Marcelino/Reuters)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2017 às 06h29.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h16.

Esta quarta-feira deve ser de explicações e muitas articulações políticas em Brasília no rescaldo da lista de inquéritos pedidos ontem pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF). No total, foram 83 pedidos de abertura de inquéritos contra políticos com base nos acordos de delação premiada firmados com 77 executivos da Odebrecht. A PGR também solicitou 211 declínios de competência nos processos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, além de 7 arquivamentos e 19 outras providências.

Janot ainda pediu ao relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, a retirada do sigilo do material enviado à Corte, “considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público”, segundo nota publicada pelo Ministério Público Federal (MPF).

Mesmo com os sigilos, fontes dão como certa a presença de dezenas de políticos. Entre eles estão cinco ministros de Michel Temer: Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Aloysio Nunes (Itamaraty), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Bruno Araújo (Cidades). Ainda devem aparecer o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Eunício Oliveira, além dos senadores Romero Jucá, Renan Calheiros, Edison Lobão, Aécio Neves, José Serra. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega devem ter seus processos enviados a instâncias inferiores.

A PGR ainda estuda se pede um inquérito contra o presidente Michel Temer, que só pode ser investigado por atos cometidos em mandato. O peemedebista era vice-presidente quando fez o pedido de 10 milhões de reais para campanhas em 2014 e existe a dúvida jurídica se o vice pode ser considerado em “mandato presidencial”.

Os processos contra esses políticos ou ex-políticos hoje sem foro devem fazer a Lava-Jato se espalhar por varas de todo o país. Hoje, concentram-se em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.

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