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Orlando Silva critica forma "atabalhoada" de governo conduzir a crise

Deputado, que é relator na Câmara do projeto de reoneração, disse que governo está assumindo um "risco gigantesco" com concessões realizadas para grevistas

Silva: deputado defende que a alíquota do PIS/Cofins sobre diesel seja zerada e não apenas reduzida, como propôs o governo (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de maio de 2018 às 21h44.

Brasília - O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do projeto que trata da reoneração da folha de pagamento na Câmara, criticou na tarde desta segunda-feira, 28, a forma "atabalhoada" com que o governo tem conduzido as negociações com os caminhoneiros .

Na avaliação do parlamentar, há necessidade de uma discussão mais tranquila sobre as reivindicações para que não se corra o risco de aumentar ainda mais as dificuldades que o País enfrenta. "A forma atabalhoada como o governo está conduzindo essa crise pode gerar mais insegurança jurídica e instabilidade", disse.

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Silva avalia que o governo assinou um "cheque em branco" ao atender todas as reivindicações dos caminhoneiros. "Com o congelamento por 60 dias (do preço do diesel), mais reajustes a cada 30 dias, mantendo a volatilidade do câmbio, o governo está se dispondo a pagar uma conta que ele não sabe qual é o número final. O risco é gigantesco", afirmou.

Apesar disso, o deputado avalia que só existem dois caminhos para reduzir o preço dos combustíveis: alterar a política de preços da Petrobras e reduzir tributos. "Vamos aguardar a votação no Senado (do projeto da reoneração). Mas tenho convicção de que não há alternativa senão manter essa desoneração", disse. Silva defende que a alíquota do PIS/Cofins sobre diesel seja zerada e não apenas reduzida, como propôs o governo.

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