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Oposição vai à PGR pedir investigação contra Dilma

Partidos querem a apuração das informações prestadas em depoimento pelo doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal


	Presidente Dilma Rousseff (PT): Youssef afirmou que os petistas sabiam do esquema de corrupção montado na Petrobras
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff (PT): Youssef afirmou que os petistas sabiam do esquema de corrupção montado na Petrobras (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 19h55.

Brasília - Aliados do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, protocolaram ontem uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de investigação contra a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

PSDB, DEM, Solidariedade, PTB, PTdoB, PMN, PEN, PTC e PTN querem a apuração das informações prestadas em depoimento pelo doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal e que foram divulgadas pela revista Veja.

Youssef afirmou que os petistas sabiam do esquema de corrupção montado na Petrobras.

No documento apresentado pelos partidos da coligação de Aécio, pede-se prioridade na tramitação da notícia-crime considerando "a proximidade das eleições e a possibilidade de seu impacto político e social".

Em nota assinada pelo coordenador jurídico da campanha, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a coligação ressalta que as informações reveladas são "extremamente graves" e exigem "ações efetivas para uma rápida e eficaz investigação dos fatos".

"Não só a normalidade das eleições é colocada sob suspeita quando se aponta a possibilidade de uma campanha eleitoral ser irrigada com milhões de reais de origem ilícita, mas, também, e principalmente, a legitimidade dos Poderes constituídos e da democracia brasileira", diz o texto da nota que inclui o PPS e o PSB.

A coligação diz que é preciso apurar "a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, prevaricação e formação de quadrilha ou bando (associação criminosa), dentre outros."

O objetivo da ação é antecipar a apuração das denúncias envolvendo autoridades com direito a foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em outro comunicado, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirmou que a presidente Dilma não pode "desqualificar" as denúncias.

Para Freire, Dilma e Lula tinham conhecimento do esquema porque eram os responsáveis pela nomeação dos diretores da Petrobras.

"O Brasil corre o risco de reeleger uma presidente que talvez começará o mandato com uma suspeita de envolvimento no escândalo da Petrobras", disse Freire.

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