Congresso Nacional: no Senado, é o PSDB que comanda uma tentativa de convocar o ministro Guido Mantega, e a ministra do Planejamento na Comissão de Assuntos Econômicos (Xênia Antunes/Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 17h33.
Brasília - O ano legislativo começará daqui a um mês, mas os partidos de oposição se empenham na preparação de uma ofensiva contra o governo no Congresso. Na Câmara, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou hoje (7) requerimento na Comissão Representativa do Congresso Nacional para que o Ministério da Fazenda preste esclarecimentos sobre vários fatos envolvendo o Banco do Brasil (BB). A comissão faz uma espécie de plantão parlamentar durante o recesso.
Em matéria publicada esta semana, a revista Veja traz denúncia de que a ex-chefe de gabinete da presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, teve influência na escolha de dirigentes do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco (Previ).
Além disso, ela teria, segundo a revista, participado das negociações para a compra, pelo Banco do Brasil, da Nossa Caixa. Bueno quer que a comissão representativa do Congresso peça esclarecimentos ao ministério da Fazenda, ao qual o BB é subordinado.
No Senado, é o PSDB que comanda uma tentativa de convocar o ministro Guido Mantega, e a ministra do Planejamento, Míriam Belchior, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), tão logo os trabalhos da Casa sejam retomados.
Os oposicionistas querem explicações sobre o procedimento contábil adotado pelo governo, no último dia do ano, para garantir o cumprimento da meta fiscal e do superávit primário.
“Temos que convocar o ministro Mantega para dar explicações sobre essa mágica contábil. O que fica claro é que é uma estratégia do governo para escamotear a realidade fiscal, escondendo os buracos nas contas públicas, empurrando para frente um déficit que vai custar muito caro ao Brasil”, disse o líder tucano, senador Álvaro Dias (PR).
A aprovação do requerimento para convocar o ministro deverá aguardar o início dos trabalhos legislativos e a eleição de novos membros e do presidente da CAE.