Brasília - Deputados discutem no Plenário da Câmara após governo determinar reforço de tropas federais para proteger Esplanada (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de maio de 2017 às 20h35.
Brasília - Aos gritos de "Fora Temer", a oposição se retirou do plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra o decreto do governo autorizando o emprego das Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
PT, PDT, PSB, Rede, PSOL e PCdoB alegam que a medida representa na prática a decretação do estado de exceção no país.
"A ditadura militar começou assim, de forma sutil", disse a líder do PCdoB, Alice Portugal (BA).
Os oposicionistas disseram que o decreto é "inaceitável" e que não havia sentido participar da sessão. O grupo fez críticas ao argumento do governo de que o decreto visa a garantir a segurança e a ordem.
"Isso não justifica o estado de exceção decretado", comentou o deputado André Figueiredo (PDT-CE).
Os deputados disseram que o "estado de exceção" não podia ser minimizado e a Câmara não poderia funcionar nestas condições.
"O último passo (do governo) foi decretar a Garantia da Lei e da Ordem e colocar o Exército na rua, que é uma medida extrema. Não podemos aceitar", afirmou o líder do PT, Carlos Zarattini (SP).
Com a saída da oposição, os governistas estão aproveitando para votar Medidas Provisórias sem a obstrução do grupo.
"Presidente, a gente poderia aproveitar para votar a Reforma da Previdência", sugeriu um parlamentar no microfone.