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Oposição apoia Aécio como líder e critica manifestações

Senador salientou que, em momentos da campanha, sua candidatura transformou-se em “grande movimento em favor do Brasil”

Aécio Neves: “estamos selando um pacto de construção da oposição revigorada e vitoriosa" (Sergio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 13h09.

Brasília - Com a presença de representantes da oposição na Câmara e no Senado e de algumas legendas que já integraram a base aliada do governo, como PPS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu hoje (5) apoio para liderar o movimento oposicionista no Congresso.

As manifestações ocorreram durante a primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB após as eleições deste ano, que resultaram na derrota tucana por um resultado considerado apertado (51,54% dos votos válidos para Dilma, contra 48,36% para Aécio).

“Estamos selando um pacto de construção da oposição revigorada e vitoriosa, pois passamos a eleição falando a verdade sobre uma nova construção política ética”, disse Aécio na abertura do evento.

Lembrando nomes como os da senadora Ana Amélia (PP-RS) e do Pastor Everaldo (PSC), que participou da disputa presidencial no primeiro turno, o senador salientou que, em momentos da campanha, sua candidatura transformou-se em “grande movimento em favor do Brasil”.

Aécio Neves prometeu fazer a mais vigorosa oposição da história do país. ”Sou um democrata. Lutei com as armas da verdade, combatendo como aprendi na política, onde as ideias devem brigar e não as pessoas. Tenho a mesma determinação e coragem para participar da nova oposição, reunida hoje pela primeira vez. Oposição não se faz com um ou alguns cidadãos. Também não precisa de um líder. Ela tem, viva na alma de milhões de brasileiros, a essência da indignação. Tem, ainda, a esperança enraizada naquilo que podemos mudar”, afirmou.

A reunião ocorreu no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. Com mandato até janeiro de 2019, a senadora Ana Amélia lembrou que Aécio Neves havia pedido para que os oposicionistas não se dissipassem após os resultados das urnas.

Segundo ela, o maior compromisso da oposição é se manter unida nos próximos anos.

“Às vezes, gratidão em política é sentimento raro, mas marcou a personalidade deste jovem senador”, salientou.

Outros parlamentares reforçaram as críticas ao tom da campanha contra o PSDB. “Lamentavelmente, constatamos que a mentira tem perna curta. Não olharemos para trás e desejaremos que o país cresça. Entretanto, com trabalho e apoio dos 51 milhões de brasileiros [que votaram em Aécio], é possível construir um Brasil ainda melhor. Estaremos juntos para fortalecer a democracia”, ressaltou Pastor Everaldo, criticando as manifestações dos últimos dias em algumas capitais do país.

“Acreditamos na democracia. Nada que passe disso. Nada de golpes. Graças a Deus, não vivemos em Cuba ou na Venezuela”, completou.

Presidente nacional do PPS, o ex-deputado Roberto Freire observou que a aliança da oposição mostra que as legendas “estão dando voz a uma indignação que as ruas começam a expressar. Indignação democrática”, assinalou.

Freire explicou a importância de um movimento democrático e ético no Parlamento. “Não vamos nos render a uma indignação que perca a luta democrática. Derrotar o governo petista faz parte da luta democrática”, acrescentou, afirmando que não apoiará qualquer “desvio”.

A aliança oposicionista, que começará a produzir efeitos a partir de 2015, também foi exaltada pelo deputado Paulinho da Força e pelo ex-senador Arthur Virgílio (PSDB).

Segundo eles, o desempenho de Aécio Neves na campanha deve ser considerado pelos parceiros como “aglutinador de partidos díspares”.

Ontem (4) à tarde, no retorno ao Senado, Aécio prometeu uma oposição dura. Acentuou que as cobranças virão do Congresso e das ruas, entre elas eficiência na gestão pública, transparência nos gastos e apuração de todas as denúncias de corrupção.

O senador repudiou as manifestações que defendem a volta dos militares ao poder, concluindo que não há fato especifico para pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na Câmara, o PSDB tem a terceira maior bancada, com 54 deputados federais. Desses, 28 são parlamentares reeleitos. No Senado, o partido terá, em 2015, menos dois integrantes da atual bancada de 12 senadores.

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Brasília - Com a presença de representantes da oposição na Câmara e no Senado e de algumas legendas que já integraram a base aliada do governo, como PPS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu hoje (5) apoio para liderar o movimento oposicionista no Congresso.

As manifestações ocorreram durante a primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB após as eleições deste ano, que resultaram na derrota tucana por um resultado considerado apertado (51,54% dos votos válidos para Dilma, contra 48,36% para Aécio).

“Estamos selando um pacto de construção da oposição revigorada e vitoriosa, pois passamos a eleição falando a verdade sobre uma nova construção política ética”, disse Aécio na abertura do evento.

Lembrando nomes como os da senadora Ana Amélia (PP-RS) e do Pastor Everaldo (PSC), que participou da disputa presidencial no primeiro turno, o senador salientou que, em momentos da campanha, sua candidatura transformou-se em “grande movimento em favor do Brasil”.

Aécio Neves prometeu fazer a mais vigorosa oposição da história do país. ”Sou um democrata. Lutei com as armas da verdade, combatendo como aprendi na política, onde as ideias devem brigar e não as pessoas. Tenho a mesma determinação e coragem para participar da nova oposição, reunida hoje pela primeira vez. Oposição não se faz com um ou alguns cidadãos. Também não precisa de um líder. Ela tem, viva na alma de milhões de brasileiros, a essência da indignação. Tem, ainda, a esperança enraizada naquilo que podemos mudar”, afirmou.

A reunião ocorreu no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. Com mandato até janeiro de 2019, a senadora Ana Amélia lembrou que Aécio Neves havia pedido para que os oposicionistas não se dissipassem após os resultados das urnas.

Segundo ela, o maior compromisso da oposição é se manter unida nos próximos anos.

“Às vezes, gratidão em política é sentimento raro, mas marcou a personalidade deste jovem senador”, salientou.

Outros parlamentares reforçaram as críticas ao tom da campanha contra o PSDB. “Lamentavelmente, constatamos que a mentira tem perna curta. Não olharemos para trás e desejaremos que o país cresça. Entretanto, com trabalho e apoio dos 51 milhões de brasileiros [que votaram em Aécio], é possível construir um Brasil ainda melhor. Estaremos juntos para fortalecer a democracia”, ressaltou Pastor Everaldo, criticando as manifestações dos últimos dias em algumas capitais do país.

“Acreditamos na democracia. Nada que passe disso. Nada de golpes. Graças a Deus, não vivemos em Cuba ou na Venezuela”, completou.

Presidente nacional do PPS, o ex-deputado Roberto Freire observou que a aliança da oposição mostra que as legendas “estão dando voz a uma indignação que as ruas começam a expressar. Indignação democrática”, assinalou.

Freire explicou a importância de um movimento democrático e ético no Parlamento. “Não vamos nos render a uma indignação que perca a luta democrática. Derrotar o governo petista faz parte da luta democrática”, acrescentou, afirmando que não apoiará qualquer “desvio”.

A aliança oposicionista, que começará a produzir efeitos a partir de 2015, também foi exaltada pelo deputado Paulinho da Força e pelo ex-senador Arthur Virgílio (PSDB).

Segundo eles, o desempenho de Aécio Neves na campanha deve ser considerado pelos parceiros como “aglutinador de partidos díspares”.

Ontem (4) à tarde, no retorno ao Senado, Aécio prometeu uma oposição dura. Acentuou que as cobranças virão do Congresso e das ruas, entre elas eficiência na gestão pública, transparência nos gastos e apuração de todas as denúncias de corrupção.

O senador repudiou as manifestações que defendem a volta dos militares ao poder, concluindo que não há fato especifico para pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na Câmara, o PSDB tem a terceira maior bancada, com 54 deputados federais. Desses, 28 são parlamentares reeleitos. No Senado, o partido terá, em 2015, menos dois integrantes da atual bancada de 12 senadores.

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