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Operação da PF investiga crime eleitoral na campanha de Haddad

A operação é um desdobramento da Lava Jato e tem como base a colaboração premiada de executivos da empresa UTC

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (Rovena Rosa/ Agência Brasil)

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (Rovena Rosa/ Agência Brasil)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 1 de junho de 2017 às 08h55.

Última atualização em 1 de junho de 2017 às 10h02.

São Paulo – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (1) a Operação Cifra Oculta, um desdobramento da Lava Jato.

A ação de hoje investiga um suposto pagamento, pela empreiteira UTC, de dívidas da campanha de Fernando Haddad (PT) em 2012 para prefeitura de São Paulo, referentes a serviços gráficos no valor de 2,6 milhões de reais. 

De acordo com PF, a investigação começou em novembro de 2015 depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu desmembrar a colaboração premiada de executivos da empresa UTC em anexos para a investigação nos estados.

"Uma empresa mencionada na delação aparece como fornecedora de serviços, com valores informados de cerca de R$ 355 mil. Somente consta na prestação de contas ao TSE outra prestação de serviços gráficos de R$ 253 mil, valores bem inferiores à soma de R$ 2,6 milhões que teria sido paga pela empreiteira UTC a gráficas", diz a PF, em nota. A dívida teria sido paga por meio de um doleiro, em transferências bancárias e dinheiro vivo.

Se o esquema for confirmado, os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica na prestação de contas à Justiça Eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas de até 10 anos de prisão e multa.

A operação mobilizou 30 agentes federais para cumprir nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, nas cidades de São Paulo, São Caetano e Praia Grande.

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