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Onyx diz que filas da Caixa ocorrem por causa da "natureza" de brasileiros

Ministro da Cidadania disse que população tem dificuldade para acessar aplicativo criado por governo para pagamento do auxílio pela pandemia do coronavírus

Onyx Lorenzoni: segundo o ministro, as aglomerações devem continuar a ocorrer nas agências até o final do programa, previsto até julho (Adriano Machado/Reuters)

Onyx Lorenzoni: segundo o ministro, as aglomerações devem continuar a ocorrer nas agências até o final do programa, previsto até julho (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de abril de 2020 às 20h12.

Última atualização em 30 de abril de 2020 às 20h55.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que as filas em agências da Caixa para recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 a informais ocorrem em razão da "natureza" e "cultura" dos brasileiros, que têm dificuldade para acessar o aplicativo criado pelo governo.

Segundo ele, as aglomerações devem continuar a ocorrer nas agências até o final do programa, previsto até julho. O benefício contempla milhões de pessoas consideradas "invisíveis" que, em diversos casos, não possuem registro civil e acesso à internet.

"Tem uma parcela da população que não usa o aplicativo, quer dizer, não usa o sistema digital... Ela precisa ir na Caixa, ver o dinheiro, pegar o dinheiro, é uma tradição de algumas pessoas, particularmente as de mais idade", disse Onyx.

Onyx admitiu que esta é uma dificuldade do governo. "Acredito que algum grau de fila nas agências da Caixa vai ter até o final do programa porque é da natureza nossa, da própria cultura."

Ainda de acordo com o ministro, o governo já analisou até o momento o cadastro de cerca de 95 milhões de pessoas que pedem o auxílio emergencial. Dessas, 45 milhões já receberam a primeira parcela do auxílio e 5 milhões devem receber ainda nesta semana.

Outras 13,6 milhões terão que refazer o cadastro por algum tipo de inconsistência no registro. Há ainda, 32,8 milhões que foram consideradas inelegíveis.

Com os cadastros feitos até o momento, o custo do programa é calculado em cerca de R$ 120 bilhões. Segundo Onyx, no entanto, a expectativa é que outros "invisíveis" sejam identificados, o que pode aumentar o valor.

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