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ONU Mulheres repudia estupro coletivo e feminicídio no Piauí

Quatro meninas, com idades entre 15 anos e 17 anos, foram encontradas violentadas e inconscientes na cidade de Castelo do Piauí

Representante da ONU Mulheres lamentou que o país tenha cerca de 50 mil estupros e 5 mil assassinatos por ano (Fernando Frazão/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2015 às 16h32.

Rio de Janeiro - A ONU Mulheres Brasil publicou nota hoje (10) em que se solidariza com as quatro vítimas de estupro coletivo, ocorrido na cidade de Castelo do Piauí (PI) no dia 27 de maio.

As meninas, com idades entre 15 anos e 17 anos, foram encontradas violentadas e inconscientes. Uma delas, Danielly Rodrigues Feitosa, morreu no domingo (7).

Na carta, a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, elogia a Lei nº 13.104, aprovada em março de 2015, que assegurou o feminicídio como crime hediondo no Código Penal.

Ela destacou o fato de o Brasil ter sido escolhido como o primeiro país piloto a adaptar o Modelo de Protocolo Latino-americano para Investigação de Mortes Violentas de Mulheres por Razões de Gênero, elaborado pela ONU Mulheres e pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU.

A escolha foi feita devido às políticas e à rede de serviços públicos de enfrentamento à violência.

Nadine lamenta, no entanto, que o país tenha cerca de 50 mil estupros e 5 mil assassinatos por ano.

“Além da responsabilização do poder público aos agressores, justiça e reparação às vítimas, são necessárias transformações de comportamento e atitude na sociedade, e consciência pública sobre a gravidade e os altos índices de violência contra as mulheres e meninas”, diz a carta.

“Isso implica em mudanças diárias e mobilizações, em todos os níveis, sobre a maneira com que mulheres e homens, meninas e meninos, se relacionam, adotando valores e práticas firmados na igualdade e livres de quaisquer formas de violência”, completa.

Quatro menores foram apreendidos e um adulto foi preso, suspeitos de cometer os crimes. De acordo com a Polícia Civil, as meninas foram amarradas e amordaçadas, e durante duas horas sofreram violência sexual.

Após os estupros, o maior de idade jogou as meninas ainda amarradas de uma altura de mais de 6 metros, segundo informou o delegado responsável pelo caso.

Dois menores, a mando do maior, desceram até onde elas estavam e apedrejaram-nas na cabeça, com o intuito de matá-las.

Os suspeitos responderão pelos crimes de estupro, homicídio, tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa, com agravantes como feminicídio.

Se julgados culpados, os menores poderão ficar detidos até no máximo três anos, como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O julgamento dos menores está previsto para ocorrer amanhã (11) no Fórum da Cidade. O inquérito do maior de idade ainda não foi entregue à Justiça.

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Rio de Janeiro - A ONU Mulheres Brasil publicou nota hoje (10) em que se solidariza com as quatro vítimas de estupro coletivo, ocorrido na cidade de Castelo do Piauí (PI) no dia 27 de maio.

As meninas, com idades entre 15 anos e 17 anos, foram encontradas violentadas e inconscientes. Uma delas, Danielly Rodrigues Feitosa, morreu no domingo (7).

Na carta, a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, elogia a Lei nº 13.104, aprovada em março de 2015, que assegurou o feminicídio como crime hediondo no Código Penal.

Ela destacou o fato de o Brasil ter sido escolhido como o primeiro país piloto a adaptar o Modelo de Protocolo Latino-americano para Investigação de Mortes Violentas de Mulheres por Razões de Gênero, elaborado pela ONU Mulheres e pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU.

A escolha foi feita devido às políticas e à rede de serviços públicos de enfrentamento à violência.

Nadine lamenta, no entanto, que o país tenha cerca de 50 mil estupros e 5 mil assassinatos por ano.

“Além da responsabilização do poder público aos agressores, justiça e reparação às vítimas, são necessárias transformações de comportamento e atitude na sociedade, e consciência pública sobre a gravidade e os altos índices de violência contra as mulheres e meninas”, diz a carta.

“Isso implica em mudanças diárias e mobilizações, em todos os níveis, sobre a maneira com que mulheres e homens, meninas e meninos, se relacionam, adotando valores e práticas firmados na igualdade e livres de quaisquer formas de violência”, completa.

Quatro menores foram apreendidos e um adulto foi preso, suspeitos de cometer os crimes. De acordo com a Polícia Civil, as meninas foram amarradas e amordaçadas, e durante duas horas sofreram violência sexual.

Após os estupros, o maior de idade jogou as meninas ainda amarradas de uma altura de mais de 6 metros, segundo informou o delegado responsável pelo caso.

Dois menores, a mando do maior, desceram até onde elas estavam e apedrejaram-nas na cabeça, com o intuito de matá-las.

Os suspeitos responderão pelos crimes de estupro, homicídio, tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa, com agravantes como feminicídio.

Se julgados culpados, os menores poderão ficar detidos até no máximo três anos, como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O julgamento dos menores está previsto para ocorrer amanhã (11) no Fórum da Cidade. O inquérito do maior de idade ainda não foi entregue à Justiça.

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