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OMS denuncia ataques contra macacos no Brasil por medo da varíola dos macacos

Uma dúzia de macacos teriam sido envenenados, e alguns feridos, em menos de uma semana em uma reserva natural em Rio do Preto, no estado de São Paulo

"As pessoas têm de saber que a transmissão que estamos vendo agora acontece entre humanos", destacou a porta-voz da OMS, Margaret Harris (M. Boyayan/Divulgação)
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AFP

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 15h18.

Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 15h23.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou nesta terça-feira, 9, os relatos de ataques contra primatas no Brasil devido ao medo da varíola dos macacos e insistiu que os surtos atuais acontecem pela transmissão entre humanos.

"As pessoas têm de saber que a transmissão que estamos vendo agora acontece entre humanos", destacou a porta-voz da OMS, Margaret Harris, em coletiva de imprensa em Genebra.

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De acordo com o G1, uma dúzia de macacos teriam sido envenenados, e alguns feridos, em menos de uma semana em uma reserva natural em Rio do Preto, no estado de São Paulo, no Brasil.

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Equipes de resgate e ativistas suspeitam que os animais foram alvos depois que três casos de varíola dos macacos foram confirmados na área, segundo o G1.

Animais também foram agredidos em várias cidades brasileiras, segundo a mesma fonte, citando a associação de combate ao tráfico ilegal de animais silvestres Renctas.

Até agora, o Brasil registrou mais de 1,7 mil casos de varíola dos macacos e uma morte, segundo dados da OMS.

Por que o nome "varíola dos macacos"?

O termo " varíola dos macacos " foi adotado após a detecção do vírus em 1958 em macacos de um laboratório na Dinamarca, mas o vírus também foi encontrado em outros animais, especialmente em roedores.

A doença foi detectada pela primeira vez em humanos em 1970 e é menos perigosa e contagiosa que a varíola, erradicada em 1980.

O vírus pode ser transmitido do animal ao homem, mas a explosão recente de casos se deve à transmissão entre humanos por contatos próximos, afirmou Harris.

As pessoas "certamente não deveriam atacar os animais", acrescentou.

A OMS ativou seu nível máximo de alerta no final de julho para tentar conter o surto desta doença.

(AFP)

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