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Odebrecht afirma que prisão de presidente é arbitrária

Em nota, empresa criticou prisão de executivos, transferidos neste sábado para um complexo penitenciário

O executivo Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato (Rodolfo Burher/Reuters)

O executivo Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato (Rodolfo Burher/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2015 às 15h26.

São Paulo - A construtora Odebrecht, envolvida no escândalo de corrupção da Petrobras, afirmou considerar "ilegal" e "arbitrário" o novo mandado de prisão temporária contra seu presidente, Marcelo Odebrecht, que foi transferido neste sábado para um complexo penitenciário.

Marcelo Odebrecht e outras 22 pessoas foram denunciadas formalmente ontem pelo Ministério Público por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, o que, segundo a construtora, representa "o marco zero do início do trabalho da defesa".

"A partir de agora, os advogados poderão conhecer as alegações imputadas aos executivos investigados, assim como será possível analisar o conjunto de documentos apresentado pela acusação, o que viabilizará, finalmente, o devido exercício do direito de defesa", ressaltou a Odebrecht em comunicado.

A construtora afirmou que as alegações da procuradoria, feitas "de forma midiática e escandalosa não justificam, em hipótese alguma, a manutenção da prisão arbitrária e ilegal do diretor presidente do grupo, Marcelo Odebrecht e de quatro ex-executivos".

"Muito menos justificam a surpreendente decretação de nova prisão preventiva, com a revogação da anterior, num claro movimento para anular os efeitos dos pedidos de habeas corpus perante o STJ", acrescentou a Odebrecht.

O juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, emitiu na sexta-feira uma nova ordem de prisão preventiva contra o presidente da construtora e os quatro ex-dirigentes alegando o surgimento de novos fatos incriminadores.

Nesta semana o Ministério Público da Suíça incluiu a Odebrecht nas investigações sobre a corrupção na Petrobras.

Com este novo capítulo, os advogados informaram que "a Odebrecht buscará todos os esclarecimentos junto às autoridades competentes naquele país para que os fatos sejam devidamente apurados".

E fez uma crítica à justiça brasileira: "Enquanto o Ministério Público da Suíça busca informações para ampliar suas investigações, no Brasil os procuradores atribuem aos mesmos dados o peso da mais absoluta verdade".

Marcelo Odebrecht estava preso desde junho passado na prisão da Polícia Federal de Curitiba, no estado do Paraná, e foi transferido hoje para o Complexo Médico-Penal do estado.

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